Agência Indusnet Fiesp
A reunião desta sexta-feira (1/4) do Conselho Superior de Inovação e Competividade da Fiesp (Conic) retomou a discussão sobre a estrutura de estímulo à pesquisa no Brasil. O tema “Co-criação de uma proposta de institucionalidade, com capacidade real de decisão quanto a definição de prioridades e resolução de conflitos, na esfera da CT&I no Brasil” começou a ser debatido no encontro anterior do conselho, em 11 de março.
Novamente a apresentação inicial ficou a cargo do conselheiro Mauricio Mendonça, que relatou ter participado de novas reuniões para discutir o assunto e propôs um brainstorm, para, com foco num nível mais amplo da institucionalidade, criar um documento a respeito de um novo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, já pensando em termos, por exemplo, de escopo e composição.
O presidente do Conic, Rodrigo Loures, propôs a discussão sobre a conveniência de pensar a questão da institucionalidade em termos de Brasil e de São Paulo. Também defendeu a aceleração do trabalho, para que seja feito um desenho rápido de uma nova institucionalidade para se ocupar da inovação e do empreendedorismo, que considera que deva estar muito presente na proposta. Na opinião de Loures, apoiada por diversos conselheiros, a Presidência da República deveria ver a questão da inovação e do empreendedorismo como imperativo, e talvez isso ocorra a partir de 2019, com o novo Governo, ou antes, a partir de uma mudança política.
Competências
Em sua apresentação, Mendonça listou diversos pontos que acha importantes para a discussão, entre eles a lista de competências que um conselho deve conter, enquanto sistema de governança. Uma delas, central, é a capacidade de dialogar com outras políticas e instituições não diretamente dentro do sistema de tecnologia. Outra é conseguir comunicar uma visão de longo prazo e alinhá-las aos diversos atores.
Também defende a criação de conhecimento básico apropriado e a capacidade de desenvolver políticas horizontais (mas com coerência com as verticais). Outra questão a ser considerada é como o sistema aprende consigo mesmo e melhora sua capacidade de governança. E é preciso desenvolver interfaces pragmáticas entre o setor público e o privado.
Na mesa da reunião do Conic estavam também os conselheiros Roberto do Rio Branco e Paulo Bornhausen.
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