Combustíveis

Fecombustíveis repudia pressão por maior percentual de biodiesel

O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, enviou nota à imprensa para esclarecer pontos negativos sobre a pressão feita para elevar o percentual da mistura de biodiesel no diesel. Para Soares, os problemas técnic

Redação
25/10/2011 13:53
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O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, enviou nota à imprensa para esclarecer pontos negativos sobre a pressão feita para elevar o percentual da mistura de biodiesel no diesel. Para Soares, os problemas técnicos relacionados ao biocombustível devem ser devidamente solucionados.

“O biodiesel atualmente comercializado no Brasil precisa de ajustes urgentes em sua especificação técnica, assim como é fundamental a revisão das normas de manuseio e armazenagem do produto. Tais revisões já estão em andamento. Infelizmente, vemos com bastante preocupação a pressão política que vem sendo exercida para reduzir o alcance dessas alterações, ao mesmo tempo em que se fortalece o lobby pelo aumento do percentual de mistura no diesel. O biodiesel do Brasil não tem a mesma qualidade daquele comercializado nos Estados Unidos, na Europa ou mesmo na Argentina; sua produção está demasiadamente concentrada na soja; e ainda é extremamente caro”, destaca.

De acordo com a nota, entre os problemas encontrados pelos postos de serviço estão a redução da vida útil dos filtros, formação de material escuro e mal cheiroso nos tanques, formação de substância gelatinosa - em locais frios - devido à presença de biodiesel produzido a partir de sebo, entre outros.

Soares chama atenção para a falta de um teste similar ao que acontece com a gasolina, que permite que qualquer pessoa teste na hora o quanto há de etanol anidro, "para o biodiesel não existe qualquer análise que possa ser feita nos postos para constatar o percentual de biodiesel no diesel. E isso vale tanto para o consumidor que está abastecendo seu veículo, como para o posto que compra o produto de sua distribuidora".

A nota afirma que elevar a mistura também aumentará o preço do combustível, já que o biodiesel custa praticamente o dobro do diesel. Com isso, os impactos inflaconários serão sentidos em toda a economia "já que transporte de cargas e passageiros no Brasil é feito majoritariamente por veículos abastecidos com diesel. E isso num momento em que já é esperada uma elevação no custo do combustível, em meio à chegada do diesel de baixo teor de enxofre, especialmente do S10 a partir de janeiro de 2013".

As autuações da ANP para os estabelecimentos que desobedecem as normas sobre misturas nos combustíveis implicam em multas ou mesmo no fechamento de estabelecimentos que descumpram suas normas.
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