Busca é por tarifas mais baixas e previsibilidade de custos.
Assessoria Trade EnergyO mercado livre de energia vive uma expressiva expansão, principalmente em virtude da explosão tarifária no ambiente cativo de contratação. Apesar da crise hidrológica que afetou bruscamente o setor em 2012, o segundo semestre de 2015 está sendo marcado por intensa movimentação de consumidores. Somente neste período, de acordo com a Abraceel - Associação Brasileira de Comercializadores de Energia -, 700 empresas iniciaram o processo de migração para o ACL, que dura cerca de 6 meses.
Entre os principais fatores apontados para a movimentação estão: a alta das tarifas de energia praticadas no ambiente cativo e impossibilidade de previsão de custos mensais com energia neste modo de contratação. "Neste ano, o consumidor cativo sentiu intensamente a alta nas tarifas de energia. Isso porque, além das bandeiras tarifárias que estão vermelhas desde janeiro, houve recomposição tarifária para todas as distribuidoras e o aporte do Tesouro pelo governo esperado pelo mercado que não aconteceu. Assim, o consumidor cativo passa a arcar com alta maior na conta de luz", explica Walfrido Avila, presidente da Trade Energy.
A instabilidade do dólar e a alta da inflação no Brasil, que impactam na compra de energia no mercado regulado - cuja correção é feita pelo IPCA - e na tarifa da Hidrelétrica de Itaipu comprada compulsoriamente pelas distribuidoras de energia das regiões Sul e Sudeste, também são fatores importantes na alta destas tarifas ao consumidor cativo.
"Temos ainda o encarecimento dos novos projetos de geração que elevam o impacto tanto no dólar quanto na inflação" afirma Avila.
De acordo com o executivo, a migração para o ACL será responsável por uma economia de cerca de 30% nos custos de energia para estes consumidores. Isso porque apesar do aumento da tarifa praticada no mercado cativo, houve uma redução do preço da energia existente. "Os consumidores livres desfrutam de uma previsão dos gastos com energia, que evita que tenham surpresas com tarifas muito altas e gastos acima do esperado. Além disso, esse modelo de contratação também permite maior abertura na negociação de preços, que beneficia o consumidor e viabiliza uma economia bastante considerável", diz o executivo.
Atualmente os consumidores livres de energia representam 60% do PIB brasileiro, sendo 25% da carga total do sistema.
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