Vazamento

Estudo detecta enorme mancha de petróleo no Golfo do México

Oceanógrafos americanos detectaram uma grande massa de hidrocarbonetos se estendendo sobre ao menos 35km, a mais de 900 metros a baixo da superfície da água no Golfo do México, originária do vazamento do poço da BP, segundo um trabalho publicado nesta quinta-feira.

Redação/ Agências
19/08/2010 18:18
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Oceanógrafos americanos detectaram uma grande massa de hidrocarbonetos se estendendo sobre ao menos 35km, a mais de 900 metros a baixo da superfície da água no Golfo do México, originária do vazamento do poço da BP, segundo um trabalho publicado nesta quinta-feira.


Os pesquisadores do Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI), o maior instituto privado de estudos oceanográficos sem fins lucrativos do mundo, comprovaram que o petróleo é proveniente da maré negra resultante da explosão, no dia 20 de abril, da plataforma Deepwater Horizon. A "nuvem" de petróleo submarina, em parte diluída, era até o momento imperceptível e vem causando polêmica.


O escape do poço da BP, a 1.500 metros de profundidade, foi interrompido em meados de julho, após 4,9 milhões de barris terem sido derramados no oceano.


Os pesquisadores também observaram que a biodegradação deste petróleo estava em curso graças aos micróbios que vivem em grandes profundidades, mas que este processo era relativamente lento.


A mancha foi detectada durante uma expedição científica entre os dias 19 e 28 de junho e mede 35km de comprimento, 1,9km de largura e tem mais de 200 metros de altura, podendo resistir por mais tempo.


"Não apenas demonstramos que existe uma mancha de petróleo no Golfo do México, como também determinados sua origem e sua composição", destacou Richard Camilli do WHOI, chefe da expedição científica e principal autor do estudo publicado na revista americana Science, no dia 20 de agosto.


"Até o momento, a massa era considerada como teoria", acrescentou, precisando que ela não é composta de "petróleo puro", tendo também variados componentes do óleo.


As análises cromatográficas de amostras confirmaram a presença de benzeno, tolueno (um dissolvente), etilbezeno e xileno.


A mancha mostra que o petróleo "ficará no oceano por mais tempo do que pensávamos", enfatizou o oceanógrafo.
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