Petrobras

Estatal mantém meta de atingir superávit de US$ 3 bi

Gazeta Mercantil
03/03/2006 03:00
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Redução das vendas externas de gasolina será compensada com remessas de outros derivados. A redução de 25% para 20% no volume de álcool misturado à gasolina não vai interferir na meta de superávit comercial de US$ 3 bilhões fixada pela Petrobras para este ano, informou o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. A companhia, segundo ele, terá que compensar a redução de exportação de gasolina para atender o mercado interno com o aumento da venda externa de outros derivados, como o óleo combustível, ou com a queda de importação de nafta.

"Vamos ter uma sobra de nafta no Brasil, já que parte da nafta que íamos importar para atender as centrais petroquímicas vamos atender com a nafta daqui que vai ser retirada da gasolina porque a gente vai ter gasolina com maior octanagem", explicou Costa a jornalistas durante seminário do setor energético ontem no Rio.

O diretor da Petrobras esclareceu que para ter uma melhor octanagem, ou seja, melhor rendimento, a empresa vai deixar de incluir parte da nafta que utiliza na composição da gasolina. A estatal fornece 100% da nafta consumida pela Petroquímica União (PQU), em São Paulo; 70% do consumo da Braskem, da Bahia; e 50% do que consome a Copesul.

Desde quarta-feira, a adição de álcool à gasolina caiu de 25% para 20%, uma decisão tomada pelo governo para tentar conter a alta do preço do álcool. Com isso, o mercado interno vai precisar de mais volume de gasolina e a Petrobras vai deixar de exportar 146 milhões de litros do produto por mês. Segundo Costa, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, já avisou à Petrobras para se preparar "por um longo tempo" para a mistura menor do produto.

"Vamos trabalhar em outras perspectivas em termos de exportação e importação. Estamos confiantes que atingiremos a meta de US$ 3 bilhões, apesar da redução de exportação da gasolina", disse Costa acrescentando também que a crise no mercado brasileiro entre usineiros e governo não atrapalha os planos da empresa de se tornar uma líder na comercialização de álcool. Hoje, a exportação da estatal é de apenas 50 milhões de litros diante dos 2,5 bilhões de litros exportados pelo país por ano.

Para Costa, se o Brasil quiser entrar firme nesse mercado terá que investir em áreas plantadas e novas usinas.

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