A Eletrobras assinou acordo com a Celg, distribuidora de energia de Goiás, que prevê um aporte de R$ 140 milhões para sanar o endividamento da companhia.
Com isso, a Eletrobras aumenta sua participação na distribuidora goiana de 0,5% para 6,0%. O acordo foi anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PT).
O ministro também informou que foi assinada uma autorização de empréstimo da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 3,728 bilhões para o governo de Goiás, também com o objetivo de liquidar o endividamento da Celg com outras empresas do setor de energia.
O empréstimo será pago ao longo de 20 anos, com juros de 6% ao ano. O primeiro aporte de recursos será feito em novembro, no valor de R$ 1,2 bilhão, o segundo ocorrerá em janeiro de 2011, de R$ 1,5 bilhão, e a última parcela será aportada em janeiro de 2012, de R$ 1,028 bilhão.
Devido ao seu endividamento no mercado de energia, a Celg está há três anos impedida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de reajustar suas tarifas. A dívida da distribuidora é estimada em quase R$ 6 bilhões.
“Com esse empenho, chegou-se a uma equação do problema, que permite que a Celg volte a ter um funcionamento normal”, afirmou Zimmermann.