<P>Cerca de 2 mil contêineres deixaram de ser embarcados no Porto de Santos por conta da operação-padrão dos fiscais agropecuários, suspensa na última quinta-feira, de acordo com dados do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar). </P><P>Nas exportaç?...
A Tribuna - SPCerca de 2 mil contêineres deixaram de ser embarcados no Porto de Santos por conta da operação-padrão dos fiscais agropecuários, suspensa na última quinta-feira, de acordo com dados do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar).
Nas exportações, a queda no embarque de carne, frango e frutas foi de 30% durante os dez dias de operação-padrão, afirmou o vice-presidente do Sindamar, José Roque, que não soube valorar os prejuízos dos empresários. ‘‘O maior prejuízo, na verdade, é moral. O exportador brasileiro, com esse tipo de operação, acaba perdendo credibilidade no exterior’’, afirmou.
Segundo avaliou Roque, a paralisação dos fiscais em 2005, que durou 18 dias, trouxe mais prejuízos ao comércio exterior, se comparada à ação deste ano.
De acordo com estimativas iniciais dos próprios exportadores de carnes, as empresas deixariam de embarcar cerca de R$ 32 milhões a cada dia de paralisação dos fiscais.
Para o vice-presidente do sindicato, a queda nas importações chegou a 20% com a impossibilidade de embarcar parte de mercadorias pelo complexo santista. Ainda de acordo com Roque, esses cálculos foram feitos com base no número de bookings (reservas) fechados e que não chegaram a ser concretizados.
O sindicato calcula ainda que serão necessárias duas semanas para ‘‘pôr a casa em ordem’’, ou seja, regularizar a situação nos terminais.
A operação-padrão, que teve início em 18 de junho, está suspensa por 20 dias. Até quinta-feira, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) não havia recebido reclamações de nenhum de seus 52 associados sobre prejuízos nas operações de embarque e descarga de mercadorias, conforme declarou o presidente do órgão, Italino Stanicia Filho.
Os fiscais reivindicam uma série de ações do Governo Federal, dentre elas a criação da Escola Superior de Fiscais Agropecuários, contratação de novos fiscais e reajustes salariais.
Fonte: A Tribuna - SP
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