Economia

Dívida pública fica praticamente estável em setembro apesar de emissões para Petrobras e BNDES

Apesar da ajuda para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e das despesas com a capitalização da Petrobras, a Dívida Pública Federal (DPF) ficou praticamente estável em setembro. Segundo números divulgados hoje (21) pelo Tesouro Nacional, a DPF aumentou R$ 8 bilhões

Agência Brasil
21/10/2010 19:42
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Apesar da ajuda para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e das despesas com a capitalização da Petrobras, a Dívida Pública Federal (DPF) ficou praticamente estável em setembro. Segundo números divulgados hoje (21) pelo Tesouro Nacional, a DPF aumentou R$ 8 bilhões no último mês, passando de R$ 1,618 trilhão para R$ 1,626 trilhão. Em termos percentuais, a alta foi de 0,5%.


No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 24,7 bilhões em títulos para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 42,9 bilhões para custear as despesas com a capitalização da Petrobras. Essas emissões, no entanto, não foram a causa do aumento da dívida pública, que subiu por causado reconhecimento de juros.


A dívida pública mobiliária (em títulos) interna subiu 0,64% em setembro, de R$ 1,524 trilhão para R$ 1,534 trilhão. Mesmo com as emissões para o BNDES e a Petrobras, no total, o Tesouro resgatou R$ 890 milhões em títulos a mais do que emitiu em setembro. O que fez a dívida subir foi a apropriação de juros, que somou R$ 10,69 bilhões.


Também contribuiu para que o aumento da DPF ficasse no patamar de 0,5% a queda da dívida pública externa, que caiu 1,86% em setembro, encerrando o mês em R$ 91,76 bilhões, contra R$ 93,5 bilhões em agosto. A redução foi motivada principalmente pela queda do dólar, moeda que corrige boa parte da dívida externa e que caiu 3,52% no mês passado.


Em relação à composição, a participação dos papéis prefixados na dívida mobiliária interna passou de 36,05% para 37,53% em setembro, o que indica melhora segundo os critérios do Tesouro. Por terem os juros definidos com antecedência, os títulos prefixados são preferíveis para a administração da dívida pública, porque o Tesouro sabe exatamente quanto pagará para resgatar os papéis.


A fatia dos títulos vinculados à taxa básica de juros, a Selic, caiu de 34,34%, em agosto, para 32,76%, em setembro. A participação dos papéis atrelados a índices de preços passou de 27,98% para 28,12%. A parcela da dívida interna corrigida pelo câmbio ficou em 0,65%, praticamente estável em relação aos 0,62% registrados em agosto.


Por meio da dívida pública, o governo emite títulos para pegar dinheiro emprestado dos investidores e honrar seus compromissos. Em troca, o Tesouro se compromete a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a Selic, a inflação ou o câmbio.
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