O Sindicato Patronal (Sindemon), que representa as 22 empresas/consórcios que operam na área do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), se posicionou para esclarecer que a decisão de não aceitar o pedido de ajuste salarial dos trabalhadores responsáveis pela construção do empreendimento foi conjunta.
A decisão foi anunciada na última terça-feira (10).
Leia o posicionamento oficial:
"O Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do Rio (Sindemon) e o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), que representam as empresas prestadoras de serviços no Comperj, informam que ofereceram aos trabalhadores da obra um aumento salarial de 9% a partir de fevereiro de 2012. Como neste período a inflação foi de cerca de 5,63%, a proposta representa um ganho real de 3,37%, aproximadamente 60% sobre a inflação do período.
Haverá também aumento de mais de 33% no valor do vale alimentação, que passará de R$ 210 para R$ 280. Com a atual greve, os trabalhadores podem ser prejudicados com perdas salariais pelos dias parados, que são descontados quando a greve é abusiva. A cada três dias descontados significa 1% de perda anual sobra a renda do trabalhador.
Os trabalhadores podem perder também a cesta básica e a participação nos lucros do período, que são pagas àqueles que cumprem a carga horária mínima estabelecida. Lembrando que a última paralisação, ocorrida em fevereiro, foi considerada abusiva pela Justiça. Segundo os sindicatos, as empresas prestadoras de serviços no Comperj estão mantendo normalmente o transporte para garantir o acesso livre daqueles que desejam entrar no Complexo para trabalhar".