Os custos da Petrobras com a exploração de áreas não-licitadas no pré-sal da bacia de Santos, na busca de áreas que serão usadas na capitalização da empresa, farão parte do contrato entre a União e a estatal, informou uma fonte próxima à operação. Segundo a fonte, que pediu para não ser identificada, no contrato constará também custos com eventuais problemas, como o que ocorreu na perfuração de Libra, que resultou em gastos de 30 milhões de dólares. O poço desmoronou quando a sonda atingiu a camada de sal.
A estatal e o governo analisam não apenas o campo de Franco e Libra para utilizar na capitalização, mas também áreas onde será preciso fazer unitização (blocos de diferentes controladores que se interligam), como o campo de Iara, acrescentou a fonte. "O custo vai entrar no acordo do preço final com o governo", declarou.
A empresa anunciou na madrugada de quarta-feira a realização de uma assembleia extraordinária para definir o critério de valoração dos títulos públicos que serão utilizados na capitalização da empresa, uma operação prevista para setembro e que segundo o mercado pode atingir 85 bilhões de dólares, dependendo do preço do barril do petróleo que será utilizado.