Abastecimento

Crise com falta de novas refinarias

País pode viver déficit ainda maior no processamento de derivados.

Diário do Nordeste
16/12/2013 12:24
Visualizações: 168

 

A produção em capacidade máxima das unidades aponta também para uma saturação do parque nacional de refino. À espera de quatro novas refinarias anunciadas pela Petrobras - incluindo a do Ceará - mas nem todas confirmadas por causa de custos bilionários, o país poderá viver um déficit ainda maior no processamento de derivados. A paralisação da Repar é um exemplo do efeito cascata no comprometimento da cadeia de distribuidores.
Na avaliação do professor da Coppe/UFRJ, Alexandre Szklo, as unidades em funcionamento, construídas nas décadas de 60 e 70, precisam passar por reformas e expansão para garantir o atendimento da demanda crescente. "As refinarias têm condições de operar em nível de utilização alto, mas isso tem um tempo limite", aponta.
"Hoje, a Petrobras já tem um déficit no refino de derivados. Sem uma expansão, corremos o risco de um processo de ´mexicanização´, em que exportamos petróleo e importamos derivados com alto valor agregado. Se o parque não passar por ajustes e adequação, ele não suporta", completa.
Anunciadas para operar a partir de 2014, inicialmente as novas refinarias planejadas pela Petrobras despertam incertezas entre os analistas. Duas delas, no entanto, estão confirmadas. A Abreu e Lima (também chamada de Rnest), em Pernambuco, tem a primeira de duas unidades prevista para operar a partir de novembro de 2014. Em 2015, será a vez da primeira unidade do Comperj (Rio) entrar em operação. Mas as demais "estão em compasso de espera e sendo reavaliadas", segundo Szklo. Nessa conta estão a segunda unidade do Comperj e as refinarias Premium I e II, no Maranhão e Ceará, respectivamente. Ao assumir a presidência da Petrobras no início de 2012, Graça Foster declarou que não queria repetir com as novas refinarias o exemplo da Abreu e Lima.
Projetada em 2005 para ser uma associação entre os governos de Lula e do venezuelano Chávez, deveria custar US$ 2,3 bilhões e, hoje, com anos de atraso nas obras, está orçada entre US$ 17 bilhões e US$ 20 bilhões.
Consultoria americana
A Petrobras contratou uma consultoria americana para revisar os projetos das Premium, aguardadas pelos governos de Maranhão e Ceará pelos investimentos e empregos que vão gerar. Uma parceria com a chinesa Sinopec é estudada.
A presidente da Petrobras disse esperar abrir licitação para contratar fornecedores a partir de março de 2014, mas ainda não há garantia de que as refinarias sairão do papel.

A produção em capacidade máxima das unidades aponta também para uma saturação do parque nacional de refino. À espera de quatro novas refinarias anunciadas pela Petrobras - incluindo a do Ceará - mas nem todas confirmadas por causa de custos bilionários, o país poderá viver um déficit ainda maior no processamento de derivados. A paralisação da Repar é um exemplo do efeito cascata no comprometimento da cadeia de distribuidores.

Na avaliação do professor da Coppe/UFRJ, Alexandre Szklo, as unidades em funcionamento, construídas nas décadas de 60 e 70, precisam passar por reformas e expansão para garantir o atendimento da demanda crescente. "As refinarias têm condições de operar em nível de utilização alto, mas isso tem um tempo limite", aponta.

"Hoje, a Petrobras já tem um déficit no refino de derivados. Sem uma expansão, corremos o risco de um processo de ´mexicanização´, em que exportamos petróleo e importamos derivados com alto valor agregado. Se o parque não passar por ajustes e adequação, ele não suporta", completa.

Anunciadas para operar a partir de 2014, inicialmente as novas refinarias planejadas pela Petrobras despertam incertezas entre os analistas. Duas delas, no entanto, estão confirmadas. A Abreu e Lima (também chamada de Rnest), em Pernambuco, tem a primeira de duas unidades prevista para operar a partir de novembro de 2014. Em 2015, será a vez da primeira unidade do Comperj (Rio) entrar em operação. Mas as demais "estão em compasso de espera e sendo reavaliadas", segundo Szklo. Nessa conta estão a segunda unidade do Comperj e as refinarias Premium I e II, no Maranhão e Ceará, respectivamente. Ao assumir a presidência da Petrobras no início de 2012, Graça Foster declarou que não queria repetir com as novas refinarias o exemplo da Abreu e Lima.

Projetada em 2005 para ser uma associação entre os governos de Lula e do venezuelano Chávez, deveria custar US$ 2,3 bilhões e, hoje, com anos de atraso nas obras, está orçada entre US$ 17 bilhões e US$ 20 bilhões.


Consultoria americana

A Petrobras contratou uma consultoria americana para revisar os projetos das Premium, aguardadas pelos governos de Maranhão e Ceará pelos investimentos e empregos que vão gerar. Uma parceria com a chinesa Sinopec é estudada.

A presidente da Petrobras disse esperar abrir licitação para contratar fornecedores a partir de março de 2014, mas ainda não há garantia de que as refinarias sairão do papel.

 

Mais Lidas De Hoje
Veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

19