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Cowan faz aposta em óleo e gás no pré-sal da Namíbia

Valor
29/12/2011 17:41
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Criada em 2006, a Cowan Petróleo e Gás S.A. braço do grupo mineiro Cowan, adquiriu em novembro deste ano dois blocos na bacia de Lüderitz, no pré-sal da Namíbia. Tem 85% dos blocos em associação com a Namcor, estatal do país africano onde outra brasileira, a HRT, também tem ativos exploratórios. Com 26 subsidiárias, 53 anos de idade e faturamento de R$ 500 milhões, o Grupo Cowan, controlado pela família Wanderley, quer se firmar no setor. Já investiu R$ 40 milhões no biênio 2010 e 2011 e não tem ainda fechado o orçamento de 2012.

A empresa estreou na 8ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizada em 2006, quando fez ofertas vencedoras por quatro blocos, em associação com a Petrobras e Queiroz Galvão. Ganhou mas não levou. As áreas nunca foram concedidas, já que a rodada foi suspensa e não há notícias sobre retomada.

A Cowan fez nova investida no setor em 2007, na 9ª Rodada, quando adquiriu dois blocos em terra. Posteriormente, associou-se à Lábrea, da HRT, que tinha outros dois blocos na mesma rodada e que acabou sócia minoritária, com 10%. Depois do consórcio devolver uma das áreas para a agência reguladora, a Cowan, que é a operadora, passou a explorar três blocos em terra nas bacias do Recôncavo (BA), Espírito Santo (ES) e Rio do Peixe (PB).

No ano passado fez três notificações de descoberta de petróleo após perfurar três poços no bloco ES-T-400. O resultado levou a Cowan a fazer novas pesquisas e só aguarda autorizações dos órgãos de licenciamento ambiental para contratar serviços de sísmica em terceira dimensão (3D) em outra parte do bloco.

Guilherme Santana, diretor da Cowan Petróleo e Gás, está animado com os resultados, apesar de preferir não revelar volumes potenciais. O executivo explica que o grupo tomou a decisão estratégica de entrar no setor de petróleo e gás e para isso a companhia começou a analisar ativos no exterior e não apenas no Brasil, que também se tornou um país caro.

"A Cowan está disposta a crescer no setor, e como o setor não tem fronteiras, estamos analisando outras coisas na América do Sul e América do Norte. E quando fomos apresentados a esses blocos na Namíbia olhamos, gostamos do que vimos e fechamos", diz Santana, citando o Chile, Argentina e Colômbia como países onde a companhia tem interesse.

A Cowan agora procura parcerias, tanto no Brasil como no exterior. Santana explica que a empresa já tem orçamento para contratar sísmica 2D e 3D nos dois blocos africanos - que ficam distantes 112 quilômetros (Km) da costa da Namíbia em profundidades de 2 mil metros - explicando que a empresa agora procura parcerias. E já conversa com outras companhias, cujos nomes o diretor prefere não revelar.

"Estamos no setor para ficar, para crescer. Buscamos oportunidades. Queremos crescer em óleo e gás não só no Brasil e por isso estamos buscando oportunidades fora do país", diz Santana.

A companhia de óleo e gás tem atualmente 155 funcionários - de um total de 3 mil funcionários do grupo - e o quadro vai aumentar. Com o apetite da Cowan pelo setor, o número de contratações vai aumentar em 2012 e a empresa já procura funcionários, provavelmente estrangeiros, para trabalharem na Namíbia.
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