O etanol brasileiro poderá, no médio prazo, vir a abastecer o mercado da Flórida e da costa leste norte-americana, de acordo com o presidente da Cosan, Marcos Lutz. Segundo ele, a Flórida está mais perto do Brasil do que a região de produção de etanol de milho dos Estados Unidos, que fica no centro-oeste, o que daria ao país sulamericano vantagem competitiva em relação aos preços. Essa competitividade seria beneficiada com o fim do imposto de importação do etanol nos Estados Unidos, que expirou em 31 de dezembro de 2011.
O executivo ressalta, contudo, que o maior ganho com o fim do imposto foi uma abertura para a indústria mundial de biocombustível. "O comércio mundial ficará mais afinado e tanto as importações como as exportações de etanol dos Estados Unidos irão aumentar", explica. Segundo Lutz, hoje a Raízen tem clientes cativos de longo prazo para quem exporta etanol para fins químicos e alimentares.