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Consumo de energia elétrica no país cresceu 5,5% em outubro

O consumo de energia elétrica atendido pela rede do sistema elétrico nacional cresceu 5,5% em relação ao mesmo mês de 2007. No ano a demanda acumula crescimento de 4,4% e, em 12 meses findos em outubro, a alta chega a 4,7%, com a liderança das classes residencial e comercial.

EPE
26/11/2008 13:18
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O consumo de energia elétrica atendido pela rede do sistema elétrico nacional totalizou, em outubro, 34.022 GWh, com crescimento de 5,5% sobre o mesmo mês de 2007. No ano a demanda de energia elétrica acumula crescimento de 4,4% e, em 12 meses findos em outubro, a alta chega a 4,7%, com a liderança das classes residencial e comercial (baixa tensão).

 

Essas estatísticas são resultado da coleta de dados da EPE junto aos agentes de consumo do sistema elétrico nacional, compreendendo consumidores livres, consumidores cativos e demais consumidores que utilizam a rede elétrica de transmissão e distribuição de energia.

 

O crescimento do consumo residencial está associado a dois fatores principais: nas regiões Norte e Nordeste, ao aumento do número de ligações; na região Sudeste, ao maior período de faturamento. Em 12 meses, acumula-se taxa de crescimento relativamente elevada, que reflete o efeito renda na posse e no uso de equipamentos eletrodomésticos (consumo médio por residência) e, em alguns casos, também o combate às perdas comerciais.

 

Quanto ao número de consumidores, destaque-se que entre novembro de 2007 e outubro deste ano foram incorporados à rede cerca de 2 milhões de novos consumidores, principalmente no Norte e no Nordeste, onde foram ligadas mais de 770 mil novas residências. O consumo por consumidor atingiu, em outubro, o valor médio mensal de 145,7 kWh, confirmando uma firme trajetória ascendente nos últimos 4 anos. No Pará e no Maranhão, a taxa de crescimento muito elevada, de 13% e 15%, respectivamente, evidencia sucesso no combate às perdas comerciais na baixa tensão.

 

A classe comercial voltou a liderar o crescimento mensal do consumo de energia elétrica. Além do efeito calendário, que significou um período de faturamento maior em relação a outubro do ano anterior (a exemplo do que ocorreu na classe residencial), saliente-se a expansão observada nas regiões Norte e Nordeste. Nesta região, em particular, os aumentos foram significativos, com taxas entre 5,2% (Alagoas) e 22% (Sergipe), destacando-se a instalação de novas cargas de hipermercados e o aumento do turismo doméstico, talvez como resposta à apreciação do câmbio. Em Aracaju, é digno de nota o retorno à rede de um grande shopping center, cuja demanda vinha sendo atendida por meio de geração própria (cogeração).

 

Em outubro, o crescimento do consumo de energia elétrica das indústrias na série dessazonalizada (crescimento acumulado em 12 meses findos no mês de referência) foi o menor desde abril de 2007. Este indicador vem em trajetória descendente desde janeiro deste ano, após longo período de ascensão que se prolongou de maio de 2006 até dezembro de 2007. Em parte, essa trajetória declinante se explica pelo que se costuma chamar de “efeito base”: após taxas de crescimento elevadas, como as verificadas em 2007, já eram esperadas taxas menores neste ano.

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