A construtora portuguesa Teixeira Duarte esclareceu que ainda não existem "estimativas fiáveis" sobre o valor do petróleo descoberto no Brasil pela empresa Alvorada Petróleo, da qual tem participação, segundo um comunicado enviado pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com o texto, a Alvorada Petróleo enviou, na semana passada, à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) duas notificações de descoberta de petróleo no Brasil.
Estas descobertas surgiram na sequência da perfuração de dois poços de exploração, um no bloco 129 e outro no bloco 155, ambos no recôncavo baiano.
A Teixeira Duarte explica que "a obrigatoriedade de proceder a tal notificação de descoberta é independente da quantidade, qualidade ou comercialidade do petróleo encontrado" e adianta que "nesta data não existem estimativas fiáveis sobre nenhuma destas três características do produto descoberto, ou seja, sobre o valor desses ativos".
Na sequência do anúncio da Alvorada Petróleo, os títulos da Teixeira Duarte terminaram a sessão desta segunda-feira na Euronext Lisboa em alta de 8,33%, para 1,21 euros, tocando um máximo de 14 meses.
A Teixeira Duarte detém, indiretamente, 70% da EMPA - Serviços de Engenharia que, por sua vez, detém 46,3% do capital da sociedade Alvorada Petróleo, com sede em Belo Horizonte.
A Alvorada Petróleo detém a concessão de três campos maduros [campos onde está sendo extraído petróleo], localizados em Aracaju, no Estado de Sergipe, Bom Lugar, no recôncavo baiano e Jiribatuba, na ilha de Itaparica.
Desde março do ano passado que a Alvorada Petróleo passou a ser titular da concessão de 11 blocos, graças a um contrato celebrado com a ANP.