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Congresso Brasileiro do Aço aborda cenários da indústria mundial

O painel de estreia do primeiro dia de palestras da 23ª Edição do Congresso Brasileiro do Aço, que acontece até quinta-feira (28), no Transamérica Expo Center, em São Paulo, teve como tema o cenário da indústria mundial de aço. Entre os participantes estavam Edwin Basson, diretor geral da

Redação
27/06/2012 17:29
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O painel de estreia do primeiro dia de palestras da 23ª Edição do Congresso Brasileiro do Aço, que acontece até quinta-feira (28), no Transamérica Expo Center, em São Paulo, teve como tema o cenário da indústria mundial de aço. Edwin Basson, diretor geral da World Steel Association; Thomas A. Danjczek, presidente da Steel Manufacturers Association; Raúl Gutiérrez Muguerza, presidente da Alacero; e A. Sun, sócio da McKinsey & Co Shanghai, apresentaram análises, estudos e pesquisas sobre a indústria do aço em diferentes mercados como a China, os Estados Unidos e a América Latina.

Basson começou sua explanação dando um panorama geral da indústria do aço no mundo. Ressaltou, principalmente, a importância do aço na sociedade. “Sem aço, não há sociedade moderna”, falou. “Por isso mesmo, o crescimento da demanda por aço torna possível o desenvolvimento econômico”, completou.

Basson também destacou as mudanças na produção mundial de aço, com atual predominância da China e diminuição de produção na Europa e na América do Norte. Sobre países emergentes, destacou que o mix crescimento econômico e populacional os manteve relativamente estáveis no mercado. “O impacto do crescimento populacional é determinante para manter a demanda do aço nos próximo 20 anos”. Concluiu ainda dizendo que o aço pode contribuir no uso inteligente da energia, ajudando, por meio de novas tecnologias, na redução de gás carbônico na atmosfera.

Já Danjczek dissertou sobre o setor nos Estados Unidos, baseados dois terços em sucata, no crescimento pequeno do consumo, da estagnação econômica e da balança comercial americana. O palestrante também chamou atenção para a importação direta e indireta da China e para as restrições de taxas impostas por países nas relações comerciais, dificultando a exportação da produção americana, e defendeu o jogo justo nas regras comerciais. “A cooperação entre os países das Américas é essencial para a superação da crise”, sugeriu.

Raúl Gutiérrez Muguerza, o terceiro palestrante, deu um panorama sobre a nova ordem econômica mundial, a superação da crise pelos países da América Latina, que, segundo ele, ainda deve superar muitos desafios para seguir se desenvolvendo.  “As economias emergentes se recuperaram, mas é preciso ver que existe um processo de desindustrialização acontecendo, déficits comerciais e benefícios que ainda não chegaram à maioria das populações dos países latinos. O presidente da Alacero também chamou atenção para o fato de que a América Latina deve aumentar mais sua participação na produção de aço, que é de apenas 4,9% da produção mundial.

O último palestrante foi A. Sun, Sócio da McKinsey & Co Shanghai, que fez um panorama sobre a indústria siderúrgica na China. Segundo ele, o país tem sofrido com a queda de demanda. Atribuiu ao fomento da siderurgia o crescimento da população urbana no país, que chegará a 70% até 2030, e a formação de uma classe média, que tem gerado demandas em construção civil, uma das maiores áreas demandadoras de aço. Para o futuro, Sun diz que o governo e indústria vão investir na transição da economia de investimento para a de consumo, no upgrade do setor, com aumento do valor agregado dos produtos, no equilíbrio de desenvolvimento entre as regiões e em eficiência energética. “Neste momento, a siderurgia na China está em reestruturação e consolidação, com foco menos no volume e mais no serviço ao cliente”.


Posse

O segundo dia do  Congresso Brasileiro do Aço e ExpoAço 2012 foi marcado pela cerimônia de posse do presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil. Albano Chagas Vieira (Votorantim), até então vice-presidente do Conselho, assumiu a posição que vinha sendo ocupada por Andre B. Gerdau Johannpeter. A vice-presidência será de Benjamin Mario Baptista Filho. A eleição segue o sistema de rodízio de representantes das empresas que acontece a cada dois anos. O Conselho Diretor reúne presidentes das empresas associadas e define as políticas e estratégias de ação do Instituto.

“Sinto-me honrado, após 38 anos trabalhando no setor, de ter sido escolhido para presidir o Conselho do Aço Brasil. A estrutura do instituto me permitirá dividir com os principais dirigentes das empresas produtoras de aço do Brasil as decisões importantes para o setor siderúrgico”, disse Albano. O novo presidente do conselho diretor encerrou seu discurso com um pensamento de Peter Drucker: “A melhor maneira de predizer o futuro é criá-lo” E completou: “Vamos criar o futuro que queremos para o aço, para o nosso setor e nosso país”.
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