CI 2012

Começou hoje, em São Paulo, a Conferência Ethos Internacional 2012

Com o tema "A Empresa e a Nova Economia: O que muda com a Rio+20?", a Conferência Ethos Internacional 2012 começou nesta segunda-feira (11) em São Paulo. O evento vai discutir as tendências e decisões que serão tomadas na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável e c

Redação
11/06/2012 20:44
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Com o tema "A Empresa e a Nova Economia: O que muda com a Rio+20?", a Conferência Ethos Internacional 2012 começou nesta segunda-feira (11) em São Paulo. O evento vai discutir as tendências e decisões que serão tomadas na  Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável e como elas poderão afetar a sociedade e as empresas.
 

Abrindo os debates, ainda na cerimônia de abertura, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou que o Brasil pode liderar o debate global sobre sustentabilidade e advertiu: o eixo dos debates em torno de uma sociedade sustentável foi deslocado, nos últimos anos, dos países desenvolvidos para os países emergentes, por causa da crise financeira internacional. Com isso, o Brasil pode assumir um papel de destaque nas discussões.
 

“Temos um momento muito difícil pela frente, num contexto não muito favorável da conjuntura global. Estamos num período delicado de crise financeira internacional, em que as economias dos países desenvolvidos estão em um processo de agravamento, o que reduz as ações no campo fiscal por parte dos países, que acabam restringindo as possibilidades de contribuição para superar os desafios da sustentabilidade global”, afirmou Coutinho.
 

Por conta da crise financeira, o papel de destaque em ações sustentáveis tem sido assumido, nos últimos seis ou sete anos, por economias em desenvolvimento, que têm conquistado taxas muito superiores às dos países desenvolvidos. “A África, por exemplo, alcançou crescimento médio anual de 5% ao ano, com uma população de 1 bilhão de pessoas. Isso ocorre também com a Ásia. A China, por exemplo, mudou o eixo da preocupação com a sustentabilidade em relação à Eco 92. Hoje temos uma perspectiva diferente”, afirmou Coutinho. Diante desses dois fatos, o desafio dos emergentes, incluindo o Brasil, é assumir um papel de liderança na agenda de debates em torno de uma sociedade sustentável.
 

O presidente do BNDES elegeu o tema energia como um dos principais vetores de discussão quando se fala em gases de efeito estufa e emissão de carbono. “Devemos pensar em metas de uso, nos processos industriais, nas residências, nos sistemas públicos de iluminação e no transporte de pessoas”, disse Coutinho. “Essa é uma agenda complexa, que requer o desenvolvimento de padrões tecnológicos ambiciosos para reduzir os usos futuros e elevar a eficiência.”
 

Outra iniciativa, para Coutinho, deve ser a promoção e o barateamento de energias renováveis. “Creio que houve um avanço recente no mundo, e no Brasil em particular, em parques de energia eólica. Mas uma vez mais é preciso intensificar esforços. Estamos longe de viabilizar a opção competitiva pela energia solar. Quando ela for viável, se tornará um caminho para estabelecermos premissas para a sustentabilidade”, disse.
 

Além disso, é preciso também investir na universalização das fontes renováveis de energia. O Brasil tem o programa federal Luz para Todos. Segundo o presidente do BNDES, programas como esse devem ser implantados pelas economias “muito pobres”, que hoje ainda usam o carvão vegetal como alternativa de geração de energia. 
 

O presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão, ressaltou que a Conferência Ethos é a oportunidade para discussão dos grandes temas que serão debatidos na Rio+20, que começa nesta semana, no Rio de Janeiro. “Os governos têm um grande papel, mas as empresas também devem liderar os processos, sem o que não teremos condições de criar lideranças”, afirmou.
 

Paulo Itacarambi, vice-presidente do Instituto Ethos e coordenador-geral da conferência, lembrou que todos os temas que serão debatidos na Rio+20, com exceção de “Oceanos”, serão objetos de análise durante o evento. “Temos todos os temas que os governos escolheram e acrescentamos três. Queremos levar propostas para os dez temas”, afirmou. O documento com as propostas foi discutido previamente e será finalizado durante a conferência para ser entregue aos chefes de Estado e de governo durante o evento no Rio.
 
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