COP-17

CNI defende redução do custo da energia elétrica no Brasil

Durante evento paralelo à COP 17, com o tema Iniciativas Empresariais em Clima (IEC), a CNI defendeu sua posição contrária ao encarecimento da produção de energia elétrica no Brasil. De acordo com a analista de Meio Ambiente da CNI, Paula Bennati, a energia produzida no país, uma das mais li

Redação
05/12/2011 17:08
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu sua posição contrária ao encarecimento da produção de energia elétrica no Brasil, na sexta-feira (2) durante a 17ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP 17), realizada em Durban, na África do Sul. "O país precisa continuar a crescer, acelerar o desenvolvimento, para incluir socialmente mais famílias e melhorar os padrões de vida e de consumo da população", afirmou Paula Bennati, analista de Meio Ambiente da CNI, durante o evento paralelo Iniciativas Empresariais em Clima (IEC), que reúne a CNI, o Instituto Ethos e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

Segundo Bennati, a energia elétrica produzida no Brasil, a quarta mais cara do mundo, é uma das ambientalmente mais limpas. “Como tem uma matriz energética limpa, concentrada na hidroeletricidade, o Brasil pode aumentar a produção e baratear o custo sem elevar as emissões de gases do efeito estufa (GEE) na mesma proporção que países com matrizes energéticas sujas”, propôs ela.

Benatti escreveu o capítulo 16, sobre as negociações de mudanças climáticas sob o ponto de vista da indústria, do livro "Climate Change in Brazil - economic, social and regulatory aspects", organizado por Ronaldo Seroa da Motta, pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e lançado na sexta-feira, no evento paralelo, promovido pela CNI e pelas instituições parceiras.

O embaixador André Corrêa do Lago, negociador-chefe do Brasil na COP 17, revelou, durante o evento da IEC, estar otimista em relação a um acordo de prorrogação do Protocolo de Quito até 2020 (no formato atual, o protocolo, de redução das emissões de GEE entrou em vigor em 2005 e expira em 2012). "Ainda acho que há possibilidade de acordo, de existir o segundo período do Protocolo de Quito", disse.

Para ele, a COP 17, em Durban, está consolidando o trabalho dos países e organizações para evitar os efeitos das mudanças climáticas. "Continuo a achar que podemos ter no final de Durban resultados mais positivos do que esperávamos", afirmou.

Corrêa do Lago lembrou que o Brasil tem todo o interesse nas negociações porque possui uma diversidade produtiva muito grande. "Temos florestas, agricultura, indústrias de base e de ponta, alta tecnologia, então cada linha, cada frase das negociações é importante para nós", relatou.

Ressaltou ainda a importância do trabalho conjunto das organizações empresariais. "O governo defende aquilo que a sociadade, de maneira geral, quer. Então, é imprescindível a atuação das empresas e dos diferentes setores para construir a defesa do Brasil", concluiu.
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