Internacional

Chevron lucra US$ 2,68 bilhões

Valor Econômico/ag.
02/05/2005 03:00
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Acompanhando o desempenho de outras petrolíferas, que registraram lucros recordes na semana passada, a ChevronTexaco, segunda maior empresa do setor nos Estados Unidos, anunciou na sexta-feira um lucro trimestral maior, impulsionado pela alta nos preços do petróleo e do gás. Seu lucro líquido no primeiro trimestre subiu para US$ 2,68 bilhões. No mesmo período do ano anterior, o resultado positivo tinha sido de US$ 2,56 bilhões. A Petrobras deve divulgar seu balanço trimestral dia 13.
A unidade de produção da companhia obteve um aumento de 20% no lucro. Já o ganho com as operações de marketing e refino caiu 36%, devido às interrupções planejadas e inesperadas em várias refinarias. A produção de petróleo e gás caiu 7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, com a venda de ativos e interrupção de operação gerada pelo furacão Ivan, em setembro. As vendas e outras receitas operacionais da companhia subiram 22%, para US$ 40,44 bilhões.
Na terça-feira passada, a BP, considerada a segunda maior empresa petrolífera com ações negociadas em bolsa do mundo, registrou lucro líquido de US$ 5,49 bilhões. A divisão de prospecção e produção foi a maior responsável pelo crescimento da BP, uma vez que seu lucro antes dos impostos cresceu 53% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando um recorde de US$ 6,49 bilhões.
Dois dias depois, foi a vez da Royal Dutch/Shell e da Exxon Mobil divulgarem lucros recordes. A Shell superou as projeções dos analistas e registrou alta de 28% no lucro do primeiro trimestre. O resultado também foi ajudado pelas boas margens em suas operações de refino. O lucro do grupo em termos de custo de suprimento corrente subiu a US$ 5,548 bilhões, incluindo US$ 220 milhões em ganhos extraordinários, gerados principalmente pela venda de ativos. A Exxon, maior empresa petrolífera mundial com ações comercializadas em bolsa, teve lucro 44% maior no primeiro trimestre deste ano, passando a US$ 7,86 bilhões, graças à disparada dos preços dos combustíveis. O lucro líquido da empresa no mesmo período de 2004 foi de US$ 5,44 bilhões. A receita subiu 21%, para US$ 82,1 bilhões. No ano passado, a Exxon Mobil registrou lucro de US$ 25,3 bilhões, o segundo maior resultado obtido na história empresarial dos Estados Unidos.
Ao longo da semana, a queda de 7% nos contratos futuros de petróleo no Estados Unidos refletiram as preocupações sobre o aumento dos reservatórios e sinais de desaquecimento da economia americana. Isso deu o tom para uma maior queda de preços em curto prazo.
O declínio no início do mês do contrato de WTI na Bolsa Mercantil de Nova York foi maior que a queda de 5% nos contratos futuros do Brent negociados em Londres. Isso deixou o Brent com um prêmio maior que o WTI, apesar deste último ser tradicionalmente mais alto.
Philip Verleger, analista da PK Vergeler, disse que essa mudança nos preços do Brent e do WTI refletiu o fato de que os tipos mais leves e de alta qualidade, que são produzidos no Mar do Norte e no oeste da África, estão sendo exportados para a China, onde as refinarias estão em sua maior parte equipadas para fazer o refino de petróleo mais leve.
Vergeler afirmou que isso levou à exportação de petróleo de graus menores para os Estados Unidos, onde as refinarias como Valero e ExxonMobil construíram unidades para processar uma quantidade maior de enxofre na gasolina, diesel e combustível para aviões.
"A lucratividade de vender Brent no mercado americano acabou", disse. Mas esse diferencial de preço pode não durar à medida que os preços do WTI estão subindo bem mais que os de Brent de setembro em diante.
O WTI caiu US$ 2,05 na sexta-feira, fechando o pregão em US$ 49,72. O tipo Brent ficou em US$ 50,60 com baixa de US$ 1,88.
Vergeler disse que parte dos aumentos foram causados pelo mercado produtor de petróleo à medida que os preços de gasolina subiram mais que os do petróleo. Igualmente, a queda da 7% nos contratos futuros americanos de gasolina nesta semana foi um fator significativo por trás da queda dos preços da commodity. "Os preços do petróleo estão sendo levados pelo aperto na capacidade de refino, tem pouco a ver como a oferta de petróleo", disse. A crescente dependência americana do petróleo estrangeiro foi destacada esta semana com a importação de 10,9 milhões de barris por dia, a terceira maior importação da história.
Semana passada também viu outro aumento nas metas de preço de longo prazo. A Statoil, produtora norueguesa controlada pelo estado, aumentou seu planejamento de preços de US$ 22 para US$ 25 a US$ 30 o barril, após ter comprado a participação da Gulf of México na EnCana do Canadá.

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