Internacional

Chevron e CNOOC disputam Unocal nos EUA, mas são parceiras na Ásia

Chevron e CNOOC possuem um contrato de transporte de GNL da Austrália para a China, para os próximos 25 anos, no valor de US$35 bilhões. Os acionistas da Unocal votam sobre a oferta da Chevron em 10 de agosto. A CNOOC ofereceu US$ 2 bilhões a mais.

Redação / New York
06/07/2005 03:00
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 A Chevron mirava o mercado chinês quando fez sua oferta de US$16,8 bilhões pela Unocal. Mas não imaginava disputá-la com a estatal chinesa CNOOC, que fez uma oferta ainda maior, de US$ 18,5 bilhões.
A Chevron tem argumentado que a oferta feita pela chinesa CNOOC é injusta, até mesmo uma ameaça à segurança nacional, e procura fechar o acordo com a Unocal o mais rápido possível. Mas encontra-se em uma situação delicada: disputar o controle da Unocal com a CNOOC sem prejudicar sua maior parceira na China, a própria CNOOC. Por exemplo, ambas possuem um contrato de transporte de GNL da Austrália para a China, para os próximos 25 anos, no valor de US$35 bilhões
Com a compra da Unocal, a Chevron, que é a maior petroleira americana depois da Exxon Mobil, espera reverter um quadro de declínio da produção de petróleo e queda do preço de suas ações na bolsa de Nova Iorque.
A expectativa do diretor executivo da Chevron, David O`Reilly, é de que a compra da Chevron aumente em 15% as reservas provadas da empresa para 13 bilhões de barris de óleo equivalente e expanda a produção de óleo e gás a 3 milhões de barris por dia, 500 mil barris acima dos 2,5 milhões produzidos diariamente em 2004. A Chevron informou que a companhia fusionada poderia crescer 6% ao ano de 2005 até 2009.
No entanto, agora Chevron e CNOOC estão presas a uma corrida contra o tempo, e a uma possível guerra de ofertas, antes dos acionistas da Unocal votarem sobre a oferta da Chevron em 10 de agosto.
Por muitos anos a Chevron tem anunciado suas alianças com a CNOOC. Parece que esta estratégia pode fazer o "tiro sair pela culatra".
E não somente a Chevron e a CNOOC tem disputado a Unocal. Além de rejeitar ofertas anteriores muito baixas de ambas, a Unocal também rejeitou uma oferta também considerada baixa feita pela Eni.

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