Experiência

Cedae fará biodiesel em estação de esgoto

Experiência pioneira em nível mundial está prestes a ser iniciada na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Alegria. Dentro de, no máximo, um mês, a Cedae vai instalar no local uma estação-piloto para testar a viabilidade econômica da produção de biodiesel a partir de gordura extraída do

Jornal do Commercio
22/10/2007 02:00
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Experiência pioneira em nível mundial está prestes a ser iniciada na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Alegria. Dentro de, no máximo, um mês, a Cedae vai instalar no local uma estação-piloto para testar a viabilidade econômica da produção de biodiesel a partir de gordura extraída do esgoto doméstico.

Os testes técnicos, realizados com suporte da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), sinalizam com perspectivas positivas para a abertura dessa nova frente de negócios focada na proteção ambiental.

"Estamos fazendo história com esse projeto. As gorduras presentes no esgoto em vez de serem tratadas com produtos químicos terão seu valor energético aproveitado. Com essa iniciativa estaremos assegurando ganhos ambientais ao Estado e abrindo caminhos para uma nova plataforma de negócios na Cedae. Tudo isso está em sintonia com o processo de modernização da empresa", afirmou o presidente da Cedae, Wagner Victer.

Com equipamentos de tecnologia alemã, adaptados à demanda local, a estação experimental terá capacidade para produzir 1,2 mil litros de biodiesel por dia. Segundo o diretor de Produção e Grande Operação da Cedae, Jorge Briard, as expectativas em relação a essa inovação tecnológica são muito grandes.

Os testes preliminares com motores que funcionavam a diesel convencional apresentaram ótima performance com o combustível alternativo. Briard acrescentou que a unidade-piloto também terá capacidade para produção de 2MW de biogás, potencial energético que moverá geradores usados no processo de secagem de lodo da ETE.

"Já começamos a conversar com a BR Distribuidora que demonstrou interesse no produto. Após a análise de viabilidade econômica, outro passo é buscar a certificação pelo MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, incluído no Protocolo de Kyoto) para negociação futura de crédito de carbono", explicou Victer.
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