Gás natural

Campo de Manati entra em operação no sul da Bahia

Um dos maiores projetos de produção de gás natural no Brasil, o Campo de Manati, na Bacia de Camamu, sul da Bahia, acaba de entrar em operação, e já está contribuindo para o fornecimento do combustível à Região Nordeste.

Da redação
01/02/2007 02:00
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Dois dos quatro empreendimentos que compõem o Projeto Manati foram executados pela GDK S.A: construção e montagem da Estação de Tratamento de Gás de São Francisco (ESF) e do Gasoduto Terrestre. A Estação São Francisco, que fará o tratamento do gás recebido do Campo de Manati, está instalada no município de São Francisco do Conde, no Recôncavo Baiano.
A GDK foi responsável pela construção, montagem, comissionamento, testes, apoio à pré-operação e operação assistida. Além disso, respondeu pelos Projetos Básico e Executivo do on-site (planta DPP – Ajuste de Ponto de Orvalho) e pelo Projeto Executivo do off-site, fornecendo materiais e equipamentos para as diversas especialidades de construção civil, tubulação, engenharia elétrica e instrumentação.
A obra contemplou 1.859 toneladas de tubulação, 70 toneladas de estruturas metálicas, 65 mil metros de cabos elétricos e de instrumentação e 27 mil metros de eletrodutos, entre outros itens. A planta DPP, utilizada para a desidratação, por resfriamento, do gás natural que sai dos campos de produção, foi dimensionada para processar, em sua capacidade máxima, 6 milhões de m³/dia de gás e 250 m³/dia do líquido associado. A GDK encomendou a planta, de 594 toneladas, à empresa norte-americana Optimized Process Designs - OPD, que a projetou e fabricou no Texas em módulos, transportados em navios cargueiros até o Porto de Salvador.
A estação está recebe o gás pelo gasoduto de interligação da plataforma marítima de extração, localizada a 10km da costa, na Bacia de Camamu. Para a ligação da estação com os dutos marítimos, a GDK executou obras de construção e montagem terrestre em 68km de extensão, com dutos de 24 polegadas de diâmetro, revestidos com polietileno extrudado de tripla camada.
O gasoduto atravessa cinco municípios baianos: Valença, Salinas de Margarida (na Baía de Todos os Santos), São Francisco do Conde, Jaguaripe e Maragogipe. Foram realizados 5 mil metros de obras especiais, com a travessia de rios e mangues. Para minimizar os riscos de agressão ao meio ambiente e vencer obstáculos com maior eficiência, a GDK utilizou o processo de Furo Direcional, já adotado em outros empreendimentos da empresa com equipes e equipamentos próprios.
Com esta técnica não-destrutiva, foram realizados cinco cruzamentos através de rios e manguezais - Rio Jequiriçá (710m), Rio Jacuruna (548m) e Manguezal e Córrego do Ferrolho (460m), Rio Jaguaripe (1.853m), Rio e Manguezal do Mucujó (1.919m), os dois últimos representando recordes nacionais em extensão.
A percepção de um crescente mercado para perfurações horizontais dirigidas, em razão do reduzido impacto ambiental resultante dessa técnica quando aplicada à instalação de dutos, levou a GDK a adquirir no exterior três sondas de perfuração direcional, entre elas a DD 1080, com capacidade de tração de492 toneladas.
Para executar as obras no Projeto Manati a GDK ampliou os investimentos em segurança e no treinamento de sua equipe. Como resultado, no empreendimento da Estação São Francisco foram completados, em 6 de janeiro último, dois anos sem acidentes com afastamento.

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