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Caixa da OGX cobre 2 anos de investimentos e afasta risco de falência

Os R$ 6,57 bilhões que a empresa possui são suficientes para financiar a campanha exploratória e as despesas operacionais da companhia até o fim de 2013.

Valor Online
29/06/2012 15:04
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O valor que a OGX tinha em caixa ao fim de março, no total de R$ 6,57 bilhões, é suficiente para financiar a campanha exploratória e as despesas operacionais da companhia até o fim de 2013, sem a necessidade de a empresa buscar mais recursos.
Desse total, R$ 2,5 bilhões foram captados ao longo do primeiro trimestre, sendo um bônus emitido no exterior no valor de US$ 1,1 bilhão (R$ 1,9 bilhão no momento da emissão), com vencimento em 2022, e R$ 600 milhões em debêntures de dois anos da subsidiária OGX Maranhão, que usará os recursos na exploração de gás na bacia do Parnaíba.
Com a posição de liquidez bastante reforçada, a possibilidade de a empresa falir, como foi aventado por um analista na quarta-feira (27) durante teleconferência, parece remota no curto prazo.
Ainda no ano passado, a OGX havia captado outros US$ 2,5 bilhões (R$ 4,75 bilhões) em títulos de dívida com vencimento em 2018, também para financiar seus investimentos.
Caso tenha dificuldade de caixa, a OGX tem como opções ainda buscar mais dívida (provavelmente agora a um custo mais caro, diante da incerteza maior), fazer um novo aumento de capital (além do realizado na abertura de capital em junho de 2008, no valor de R$ 6,7 bilhões), ou vender fatias em seus blocos de operação, como já chegou a cogitar no passado, numa época mais favorável para os papéis no mercado.
Em 2011, a OGX furou 31 poços, com um desembolso total de R$ 3,1 bilhões em investimentos. Para este ano, estavam previstos 26 poços (além de outros equipamentos), sendo que 17 foram perfurados no primeiro trimestre, quando houve investimentos totais de R$ 1,1 bilhão.
Mesmo que a OGX gaste outros R$ 2 bilhões em despesas de capital de abril a dezembro e mais R$ 600 milhões em despesas operacionais (mantendo o ritmo do primeiro trimestre), ela ainda encerraria o ano com quase R$ 4 bilhões no caixa.
Isso não leva em conta a geração operacional de caixa que a empresa deve ter com a produção de seu primeiro poço. Mesmo abaixo da expectativa do mercado, os 5 mil barris de óleo por dia ainda vão render dinheiro para a companhia em 2012.
Ao apresentar o balanço do primeiro trimestre, a empresa informou que sua primeira carga de óleo vendida, no total de 547 mil barris, rendeu R$ 56 milhões em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), embora o valor não tenha transitado pelo resultado do exercício, por se tratar de produção ainda na fase de teste de longa duração.
Se mantivesse essa média por barril, a OGX conseguiria  R$ 190 milhões em Ebitda em 2012 com um único poço com produzindo 5 mil barris por dia.
Analistas de diversos bancos, no entanto, estão revendo  as estimativas de custo de exploração e produção, apostando numa queda da rentabilidade por barril.
A partir de 2013, novos sistemas devem entrar em operação e, mesmo que a produtividade por poço seja baixa, isso elevará a geração operacional de caixa para a companhia, o que será positivo para a situação financeira da OGX.
É importante notar também que a empresa ainda possui suas reservas exploratórias, sendo que os blocos mais relevantes estão na Bacia de Campos.
Mesmo revendo de forma significativa suas projeções para a companhia, os analistas Paula Kovarski e Diego Mendes, do Itaú BBA, ainda consideram que as reservas contingentes de 3 bilhões de barris da empresa apenas na bacia de Campos garantem à ação da empresa um valor de R$ 12. Essa conta tem como base o valor presente líquido de cada barril a US$ 6,9, ante US$ 8,9 da estimativa anterior da corretora.
Numa estimava conservadora de 2 bilhões de barris, isso equivaleria a um preço por ação de R$ 8, ante os R$ 5,05 do fechamento de ontem. "Na nossa visão, esse (preço) é uma boa referência para uma recuperação de curto prazo. Para além desse nível, serão necessários eventos mais concretos, que são improváveis de ocorrer até o fim do ano", dizem os analistas.

O valor que a OGX tinha em caixa ao fim de março, no total de R$ 6,57 bilhões, é suficiente para financiar a campanha exploratória e as despesas operacionais da companhia até o fim de 2013, sem a necessidade de a empresa buscar mais recursos.


Desse total, R$ 2,5 bilhões foram captados ao longo do primeiro trimestre, sendo um bônus emitido no exterior no valor de US$ 1,1 bilhão (R$ 1,9 bilhão no momento da emissão), com vencimento em 2022, e R$ 600 milhões em debêntures de dois anos da subsidiária OGX Maranhão, que usará os recursos na exploração de gás na bacia do Parnaíba.


Com a posição de liquidez bastante reforçada, a possibilidade de a empresa falir, como foi aventado por um analista na quarta-feira (27) durante teleconferência, parece remota no curto prazo.


Ainda no ano passado, a OGX havia captado outros US$ 2,5 bilhões (R$ 4,75 bilhões) em títulos de dívida com vencimento em 2018, também para financiar seus investimentos.


Caso tenha dificuldade de caixa, a OGX tem como opções ainda buscar mais dívida (provavelmente agora a um custo mais caro, diante da incerteza maior), fazer um novo aumento de capital (além do realizado na abertura de capital em junho de 2008, no valor de R$ 6,7 bilhões), ou vender fatias em seus blocos de operação, como já chegou a cogitar no passado, numa época mais favorável para os papéis no mercado.


Em 2011, a OGX furou 31 poços, com um desembolso total de R$ 3,1 bilhões em investimentos. Para este ano, estavam previstos 26 poços (além de outros equipamentos), sendo que 17 foram perfurados no primeiro trimestre, quando houve investimentos totais de R$ 1,1 bilhão.


Mesmo que a OGX gaste outros R$ 2 bilhões em despesas de capital de abril a dezembro e mais R$ 600 milhões em despesas operacionais (mantendo o ritmo do primeiro trimestre), ela ainda encerraria o ano com quase R$ 4 bilhões no caixa.


Isso não leva em conta a geração operacional de caixa que a empresa deve ter com a produção de seu primeiro poço. Mesmo abaixo da expectativa do mercado, os 5 mil barris de óleo por dia ainda vão render dinheiro para a companhia em 2012.


Ao apresentar o balanço do primeiro trimestre, a empresa informou que sua primeira carga de óleo vendida, no total de 547 mil barris, rendeu R$ 56 milhões em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), embora o valor não tenha transitado pelo resultado do exercício, por se tratar de produção ainda na fase de teste de longa duração.


Se mantivesse essa média por barril, a OGX conseguiria  R$ 190 milhões em Ebitda em 2012 com um único poço com produzindo 5 mil barris por dia.


Analistas de diversos bancos, no entanto, estão revendo  as estimativas de custo de exploração e produção, apostando numa queda da rentabilidade por barril.


A partir de 2013, novos sistemas devem entrar em operação e, mesmo que a produtividade por poço seja baixa, isso elevará a geração operacional de caixa para a companhia, o que será positivo para a situação financeira da OGX.


É importante notar também que a empresa ainda possui suas reservas exploratórias, sendo que os blocos mais relevantes estão na Bacia de Campos.


Mesmo revendo de forma significativa suas projeções para a companhia, os analistas Paula Kovarski e Diego Mendes, do Itaú BBA, ainda consideram que as reservas contingentes de 3 bilhões de barris da empresa apenas na bacia de Campos garantem à ação da empresa um valor de R$ 12. Essa conta tem como base o valor presente líquido de cada barril a US$ 6,9, ante US$ 8,9 da estimativa anterior da corretora.


Numa estimava conservadora de 2 bilhões de barris, isso equivaleria a um preço por ação de R$ 8, ante os R$ 5,05 do fechamento de ontem. "Na nossa visão, esse (preço) é uma boa referência para uma recuperação de curto prazo. Para além desse nível, serão necessários eventos mais concretos, que são improváveis de ocorrer até o fim do ano", dizem os analistas.

 

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