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A inauguração acontece após estudos e negociações da empresa com vários estados brasileiros e um ano depois do início das obras, na ilha da Conceição, Niterói. Mais
de R$ 130 milhões foram investidos pela indústria britânica na construção, na montagem do equipamento e no treinamento de mão-de-obra para a fábrica, a segunda mais moderna do mundo, só superada pela matriz da Wellstream, em Newcastle, Inglaterra.
Com uma produção que chegará aos 150 km/ano de dutos, a nova fábrica da Wellstream inicia suas operações gerando 300 empregos diretos mão-de-obra inteiramente nacional, parte dela treinada na Inglaterra e dois mil indiretos. A empresa está estrategicamente
posicionada na Baía da Guanabara, preparada para atender as bacias de Campos, Santos e do Espírito Santo, e, também, solicitações do mercado internacional.
Para isso, a fábrica brasileira, com 14 mil metros de área construída e implantada em um terreno de 40 mil metros, conta com base logística própria para o embarque, em navios de grande porte, das gigantescas bobinas com nove metros de altura e até 300 toneladas,
onde são acondicionados os dutos. Com capacidade para armazenar mais de 80 bobinas, a fábrica possui três estações de carregamento, que podem ser utilizadas simultaneamente, e guindaste para 500 toneladas de carga.
Confeccionados com várias camadas de tramas de aço inoxidável, recobertas por polietileno de alta densidade, os dutos flexíveis produzidos pela Wellstream são reconhecidos internacionalmente pela resistência ao suportarem a pressão registrada em até dois mil metros de profundidade - alcançados nas plataformas offshore -, além do choque entre as temperaturas dos fluidos conduzidos e as das águas ultra profundas. Mesmo assim os dutos podem alcançar até 25 anos de vida útil.
A Wellstream International mantém uma parceria de 17 anos com o Brasil, já tendo fornecido à Petrobras cerca de 700 quilômetros de dutos flexíveis, produzidos em
Newcastle. A produção da fábrica em Niterói permitirá a redução nas importações do insumo e resultará em economia para clientes como a estatal, que utiliza até 300 quilômetros de dutos a cada ano. Somente em impostos os dutos importados sofrem taxações que chegam aos 32%.
A economia deverá ser superior em alguns anos, pois a matéria-prima importada poderá ser substituída por nacional. Para isso a Wellstream do Brasil está testando em laboratório produtos nacionais e vai iniciar o processo de qualificação de fornecedores. Em 2009,
cerca de 80% da matéria-prima utilizada na fábrica de Niterói deverá ser nacional. A exceção é para o Nylon 11, que só é fabricado na França.
A primeira fábrica do grupo na América do Sul vem sendo acompanhada com interesse também pelo governo inglês e foi um dos empreendimentos selecionados para ser visitado pelo príncipe Andrew, Duque de York - representante especial do Reino Unido para Comércio e Investimento Internacionais - durante visita ao Brasil em abril passado., ,, ,