Gás

Botijão de gás chega a custar R$ 100 na capital angolana

A cidade de Luanda está sem gás de cozinha nos revendedores oficiais e só no mercado paralelo é possível comprar botijões. Porém, o preço é 10 vezes superior ao estipulado: cinco mil kwanzas (cerca de R$ 100 no câmbio atual), sendo que o preço normal é de 500 kwanzas (R$ 10).

Agência Lusa
11/11/2009 12:36
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A cidade de Luanda está sem gás de cozinha nos revendedores oficiais e só no mercado paralelo é possível comprar botijões. Porém, o preço é 10 vezes superior ao estipulado: cinco mil kwanzas (cerca de R$ 100 no câmbio atual), sendo que o preço normal é de 500 kwanzas (R$ 10).


O botijão de 12 quilos está sendo comercializado pelo preço estratosférico em vários locais da capital angolana visitados pela Agência Lusa, naquilo que parece ser uma ação coordenada entre os comerciantes para elevar os preços num momento de grande procura pelo produto: o Natal.


Nos últimos dias, as filas nos locais oficiais de revenda de gás butano, que é comercializado com exclusividade pela estatal Sonangol, contam com dezenas de pessoas que procuram, ainda, comprar gás a preço normal e legal.


A Agência Lusa ouviu várias pessoas reclamando que estão há dias tentando comprar o produto nas lojas, mas não conseguem.


Lindalva Faria vive no município da Maianga e há quatro dias está buscando gás, tendo já recorrido a outras zonas da cidade sem sucesso.


“Já estive na Samba, no Bairro Operário, na Ilha e tenho aqui mesmo ao lado um sítio onde vendem o gás, mas não consigo comprar”, disse Faria.


As reclamações da população se estendem ao fato de só as revendedoras informais de rua conseguirem ter botijões para vender a preços “especulativos”, o que indicia, apontam ainda, que possa existir uma ação coordenada para “ganhar muito dinheiro” por parte das pessoas por detrás deste negócio aproveitando-se da época do Natal.


“Não se consegue perceber como é que dentro da loja nunca há gás para venderem às pessoas e as vendedoras de rua, mesmo ao lado dessas lojas, têm o gás para comercializarem a preços malucos”, afirmou Faria.


Em Angola, está se tornando habitual a falta do produto na época de fim de ano, em função do aumento da demanda e da estagnação da oferta.


A Agência Lusa tentou obter uma declaração da Sonangol, mas sem sucesso.


Este cenário em Luanda repete-se todos os anos, embora nunca os preços nos botijões tenham chegado aos cinco mil kwanzas. Em 2008, o preço inflacionado era de 4 mil kwanzas (R$ 80).


Para evitar estas dificuldades, há pessoas em Luanda que têm em casa botijões vazios para que em outubro já sejam abastecidos para evitar a inflação do gás e as filas nos revendedores.
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