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Barril beira os US$ 60, mas Petrobras não deverá reajustar preços de derivados

Apesar da pressão da volatilidade do mercado sobre os preços de derivados da Petrobras, analistas acreditam que a empresa deverá esperar a consolidação dos valores do barril antes de qualquer reajuste.

Redação
11/07/2005 03:00
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A semana começa com uma redução nos preços, que chegou a US$ 58, na Europa. Segundo o sócio diretor do Global Invest Asset Management, Fernando Pinto Ferreira, se os preços ultrapassam esta mínima, podem cair direto até os US$ 56,60. Para cima, a resistência continua entre US$ 61 e US$ 62, com uma máxima de US$ 62,70.
Apesar da pressão exercida pela volatilidade dos  preços do barril de petróleo no mercado internacional, a Petrobras não deverá alterar os preços de refinaria no curto prazo. Segundo a análise da consultora Mônica Araújo, da BES Research, a defasagem dos preços da gasolina e do diesel distribuídos pela Petrobras é de 8,7% e 19% respectivamente. No entanto, como o spread entre os tipos de petróleo Brent e Maya foi reduzido, os preços médios do petróleo exportado pelo Brasil aumentou, o que contribuiu para as receita de exportação da Petrobras.
Além do contexto internacional estar relativamente favorável para o petróleo pesado exportado pela Petrobras, a estatal está respaldada, também, pelo aumento considerável de sua produção interna, que, embora represente apenas 1,5% em relação ao mês anterior, caracteriza uma alta de 17,6% em relação ao mesmo período de 2004, segundo os cálculos da consultoria. Por esta razão, a analista acredita que a Petrobras deverá esperar por uma definição de patamar de preços antes de fazer qualquer reajuste.
A BES Research avalia que durante o mês de junho, a alta do Brent foi de 9,6%, enquanto o WTI subiu 7,1%. Além das causas conhecidas para as altas, como o excesso de demanda mundial, a escassez de capacidade de refino, a instabilidade no Iraque, somam-se ainda novos fatores: a eleição de um ultra-conservador para a presidência do Irã, o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a temporada de furacões na Região do Golfo do México, que se inicia em julho.

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