Economia

Bancos consultados consideram 'viável' financiamento energético

O que evitaria um reajuste na tarifa este ano.

Valor Econômico
17/03/2014 13:57
Visualizações: 154

 

Executivos de bancos consideram "viável e atrativo" a concessão de financiamento de R$ 8 bilhões para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), desde que seja feita a modelagem adequada da operação para levantar "funding" de longo prazo e para fornecer garantias.
Os bancos federais e privados foram consultados pelo Ministério da Fazenda para saber se aceitariam emprestar recursos para a CCEE e, assim, evitar que seja feito um reajuste de tarifas de energia elétrica neste ano para pagar o elevado custo do acionamento das usinas térmicas. A resposta, em geral, foi sim.
Segundo fontes oficiais, esse seria um empréstimo de longo prazo, com mais de cinco ou seis anos, porque o reajuste das tarifas programado para 2015 levaria um bom período para cobrir os custos da energia mais cara gerada neste ano.
Um das preocupações é encontrar uma fonte de financiamento de prazo tão longo com custos razoáveis. Segundo um executivo do setor financeiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deveria criar uma linha especial para esse fim. Os recursos seriam, então, repassados à CCEE por meio dos bancos.
Um dos problemas dessa solução é que o dinheiro para ajudar a fechar as contas do setor elétrico neste ano viria, de forma indireta, do próprio Tesouro Nacional, que é o principal fornecedor de "funding" para o BNDES. Ou seja, poderia levantar suspeitas de que o governo está, mais uma vez, recorrendo à chamada contabilidade criativa para cumprir as metas fiscais.
O repasse dos recursos por outros bancos, incluindo instituições privadas, mitigaria um pouco dessas críticas. Se uma parte do risco da operação ficar nas mãos do sistema bancário privado, seria possível sustentar a tese de que esse é um contrato feito com condições de mercado.
Fontes do governo federal dizem que é factível levantar os recursos financeiros no mercado internacional a taxas bastante competitivas, reduzindo ou até eliminando a necessidade de trazer o BNDES para a operação.
Qualquer que seja a origem do "funding" que resultará nos empréstimos, o importante é que a operação tenha garantias adequadas. A avaliação atual de risco da Eletrobras, por exemplo, não permitiria que a estatal tomasse um empréstimo dessa monta. A solução seria fazer uma operação estruturada com a garantia de receitas de tarifas das distribuidoras. "Esse seria um mitigador de risco importante", afirma reservadamente a fonte.
Nessas condições é que se torna viável a participação de bancos privados. Na quinta-feira, ao anunciar o pacote do setor elétrico, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que bancos privados haviam sido sondados e que teriam sinalizado disposição de participar da operação.

Executivos de bancos consideram "viável e atrativo" a concessão de financiamento de R$ 8 bilhões para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), desde que seja feita a modelagem adequada da operação para levantar "funding" de longo prazo e para fornecer garantias.

Os bancos federais e privados foram consultados pelo Ministério da Fazenda para saber se aceitariam emprestar recursos para a CCEE e, assim, evitar que seja feito um reajuste de tarifas de energia elétrica neste ano para pagar o elevado custo do acionamento das usinas térmicas. A resposta, em geral, foi sim.

Segundo fontes oficiais, esse seria um empréstimo de longo prazo, com mais de cinco ou seis anos, porque o reajuste das tarifas programado para 2015 levaria um bom período para cobrir os custos da energia mais cara gerada neste ano.

Um das preocupações é encontrar uma fonte de financiamento de prazo tão longo com custos razoáveis. Segundo um executivo do setor financeiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deveria criar uma linha especial para esse fim. Os recursos seriam, então, repassados à CCEE por meio dos bancos.

Um dos problemas dessa solução é que o dinheiro para ajudar a fechar as contas do setor elétrico neste ano viria, de forma indireta, do próprio Tesouro Nacional, que é o principal fornecedor de "funding" para o BNDES. Ou seja, poderia levantar suspeitas de que o governo está, mais uma vez, recorrendo à chamada contabilidade criativa para cumprir as metas fiscais.

O repasse dos recursos por outros bancos, incluindo instituições privadas, mitigaria um pouco dessas críticas. Se uma parte do risco da operação ficar nas mãos do sistema bancário privado, seria possível sustentar a tese de que esse é um contrato feito com condições de mercado.

Fontes do governo federal dizem que é factível levantar os recursos financeiros no mercado internacional a taxas bastante competitivas, reduzindo ou até eliminando a necessidade de trazer o BNDES para a operação.

Qualquer que seja a origem do "funding" que resultará nos empréstimos, o importante é que a operação tenha garantias adequadas. A avaliação atual de risco da Eletrobras, por exemplo, não permitiria que a estatal tomasse um empréstimo dessa monta. A solução seria fazer uma operação estruturada com a garantia de receitas de tarifas das distribuidoras. "Esse seria um mitigador de risco importante", afirma reservadamente a fonte.

Nessas condições é que se torna viável a participação de bancos privados. Na quinta-feira, ao anunciar o pacote do setor elétrico, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que bancos privados haviam sido sondados e que teriam sinalizado disposição de participar da operação.

 

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