Nova busca

Bacia de Campos entra no mapa do pré-sal

Gazeta Mercantil
07/10/2008 07:31
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Depois das promissoras descobertas na bacia de Santos, as petroleiras agora buscam petróleo e gás no pré-sal da bacia de Campos. Responsável por mais de 80% da de toda a produção de petróleo nacional, a bacia recebeu desde setembro sete sondas com objetivos de perfuração com mais de quatro mil metros de profundidade, segundo apurou a Gazeta Mercantil. A Petrobras procura óleo no pré-sal campo de Marlim Leste, um dos maiores campos do País. A americana Anadarko anunciou descobertas relevantes na semana passada e a Shell enviou sonda para explorar a 4.600 metros o BC-10.

 

"Estamos indo mais fundo também na bacia de Campos", afirmou o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, José Antonio de Figueiredo. No final do ano, segundo ele, a empresa poderá concluir se há indícios de óleo em poços no pré-sal da bacia de Campos. Mesmo com a busca por pré-sal em Campos, a Petrobras continua firme na bacia de Santos, onde já informou reservas em Tupi e Iara. Figueiredo informou que há hoje oito sondas perfurando o pré-sal da região promissora. O número vai aumentar para 14 no próximo ano. Figueiredo afirmou que há jazidas na Bacia de Campos que já produzem petróleo do pré-sal, mas ressaltou que são estruturas diferentes dos promissores campos encontrados no cluster de Santos. A busca agora é em profundidades muito maiores e com mais potencial de descobertas. A Petrobras vai aumentar a produção de petróleo em cerca de 100 mil barris até o final do ano. Duas plataformas - a P-52 e P-54 - vão começar a produzir óleo e gás a partir de novos poços. E a P-51, que será entregue amanhã, começará a produzir cerca de 20 mil barris até final de dezembro, segundo planeja o gerente de engenharia da empresa Pedro Barusco.

 

Primeira plataforma semi-submersível construída integralmente no Brasil, a P-51 será batizada hoje, no estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (RJ). O conteúdo local acima de 75% de bens e serviços adquiridos de fornecedores nacionais marcou a retomada da indústria naval. A cerimônia de batismo contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Com investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão, a plataforma foi construída pelo consórcio FSTP (Keepel Fells e Technip) nas cidades de Niterói, Rio de Janeiro, Itaguaí e Angra dos Reis, pela Nuovo Pignone, Rio de Janeiro e pela Rolls Royce, em Niterói. "Em fevereiro de 2003, pouco depois da posse do presidente Lula, a direção da Petrobras optou por suspender o processo de licitação da P-51 e da P-52, que já estava em andamento, para incluir no edital a exigência de conteúdo nacional mínimo".

 

As obras dessa nova plataforma geraram cerca de 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. Em 2010, quando atingir sua capacidade operacional máxima, vai produzir 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A P-51 ficará ancorada no campo de Marlim Sul será interligada a 19 poços (10 produtores de óleo e gás e 9 injetores de água) e produzirá óleo de 22º graus API, considerado pesado.

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