Secretário de Fomento do Ministério dos Transportes concorda com Sérgio Machado, que criticou a ênfase da pasta ao transporte rodoviário em detrimento dos outros modais.
RedaçãoO secretário de Fomento do Ministério dos Transportes, Sérgio Bacci, concordou com as críticas do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, feitas durante o evento "Renascimento da Indústria naval brasileira: o sucesso da licitação da Transpetro", realizado ontem (03/04), na Câmara Americana de Comércio do Rio de Janeiro (Amcham-Rio). Segundo Machado, o ministério se dedica mais ao transporte rodoviário do que aos demais modais, principalmente o aquaviário. O dirigente da Transpetro teria dito que "o Ministério dos Transportes virou o ministério das rodovias".
Bacci disse ter conversado hoje de manhã (04/04) com o presidente da Transpetro, que teria negado o tom enfático contra o ministério.
-Na verdade, ele disse o que todos nós concordamos. Machado fez uma crítica não à atual gestão do ministério, mas ao processo histórico do órgão, que há décadas está voltado prioritariamente às rodovias. Isto, realmente, é um erro que este governo está procurando sanar - afirmou.
O secretário destacou que a atual adminsitração sempre procurou debater os demais modais (aquaviário, ferrovirário e aeroviário) de forma conseqüente, colocando-os como estratégicos para o desenvolvimento do país.
-Acontece que existem demandas tão prementes, que não temos como fugir aos problemas existentes. Pegamos a estradas completamente sem condições de tráfego. Acredito que, com a finalização da operação de recuperação das rodovias, podemos colocar em pauta as deficiências do outros modais.
Segundo Bacci, a expectativa de fechamento dos contratos para a cosntrução dos 26 navios petroleiros, previsto para até o final de abril, signifcará um novo momento para o setor naval. Ele combinou com o presidente da Transpetro que, assim que os primeiros acertos forem feitos, convocará, uma semana após a finalização das negociões, reunião do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante para definir, juntamente com o BNDES, a liberação dos recursos necessários.
Ele acredita que possa liberar 10% do total programado para o investimento (US$ 2 bilhões), o que significaria uma injeção de R$ 400 milhões no setor de construção naval.
Sérgio Bacci disse que a mudança de ministro não afetará a continuidade do trabalho até agora executado. O ex-ministro Alfedo Nascimento transmitiu hoje o cargo ao seu substituto, Paulo Sérgio Passos.
-Como disse o presidente Lula, temos mais oito meses de governo e não temos porque inventar. Foi a melhor solução. O Paulo é um quadro do ministério, conhece toda a estrutura e terá como fazer um belo trabalho à frente da pasta - disse.
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