Energia

Aumento de potência em Jirau terá custo de R$ 1 bilhão

Valor Online
30/09/2010 12:48
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A expansão da potência instalada da hidrelétrica de Jirau para 3.750 megawatts (MW) vai gerar um custo adicional de R$ 1 bilhão na execução do projeto a cargo do consórcio Energia Sustentável, vencedor da licitação da usina em 2008.


O aumento da capacidade - que consiste na colocação de seis turbinas a mais que as 44 inicialmente planejadas - depende da aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia e da assinatura de novos contratos de concessão, que deverão incluir também a antecipação no início da geração para março de 2012. Caso o aumento da potência seja aprovado, o valor total da usina passará para R$ 12 bilhões.


A expectativa do consórcio Energia Sustentável - composto por GDF Suez, com 50,1%, Chesf e Eletrosul, com 20% cada uma, e Camargo Corrêa, com 9,9% - é que a aprovação para a expansão seja definida até o mês que vem, uma vez que o projeto foi entregue para análise há três meses.


Para arcar com os custos do aumento da potência, o consórcio já conversa com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para tentar obter linha de crédito semelhante à concedida para o projeto inicial.


"Seria uma extensão do crédito dado para Jirau", afirmou o presidente do consórcio Victor Paranhos, que participou do 7º Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio de Janeiro.


Em termos de energia assegurada, a expansão deverá render cerca de 270 MW médios além dos 2 mil MW médios assegurados no leilão. Paranhos ressaltou que ainda não há destinação para a energia extra que será gerada e explicou que poderá tanto ser destinada ao mercado livre quanto ao mercado cativo em leilões de A-3 ou A-5.


Para tomar a decisão, o consórcio aguarda uma portaria da Aneel ainda este ano disciplinando as diretrizes para alocação de energia nova gerada em empreendimentos existentes.


Em relação à antecipação da produção, Paranhos reiterou que a primeira turbina entrará em funcionamento em março de 2012, contra previsão contratual inicial de janeiro de 2013. A energia assegurada será atingida em dezembro de 2012, quase três anos antes do prazo com que o consórcio se comprometeu, de setembro de 2015. Já a carga plena será gerada a partir de maio de 2014, contra setembro de 2016 na previsão inicial.


Paranhos explicou ainda que o consórcio realizará no dia 20 de outubro o primeiro leilão para comercializar parte da energia destinada ao mercado livre, equivalente a 30% do total gerado. O executivo disse que o conselho do Energia Sustentável ainda vai decidir, no dia 14 de outubro, o volume de energia que estará disponível ao mercado e destacou que serão cinco produtos vendidos, um com energia produzida de 1º de julho de 2012 a 31 de dezembro de 2012; o segundo de 1º de julho de 2012 a 31 de dezembro de 2013; um de 1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2013; o quarto de 1º de dezembro de 2013 a 31 de dezembro de 2014; e o quinto de 1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2018.


"A projeção de antecipação já estava no orçamento quando fizemos a oferta de preços no leilão. O que não estava era a receita das máquinas adicionais", ressaltou Paranhos ao ser questionado sobre quanto a antecipação renderia em receita adicional ao consórcio.


O executivo destacou que não haverá venda ao mercado livre da energia gerada entre março e junho de 2012, uma vez que ainda não há certeza sobre o prazo de construção das linhas de transmissão, que, apesar de já terem sido licitadas, encontram problemas de licenciamento ambiental. Caso aconteça a conexão antes de julho de 2012, a energia produzida poderá ser negociada no mercado spot.


"Dá para chegar a tempo", frisou Paranhos sobre a conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN) até julho de 2012.
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