Sexta Rodada

Aumentam pressões contra o leilão

A menos de uma semana da Sexta Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aumentam as pressões contra a realização do leilão, marcado para os dias 17 e 18 de agosto. O governo do Paraná apostou na via jurídica para impedir a licitação, enquanto representações da socieda

Redação
11/08/2004 03:00
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A menos de uma semana da Sexta Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aumentam as pressões contra a realização do leilão, marcado para os dias 17 e 18 de agosto. O governo do Paraná apostou na via jurídica para impedir a licitação, enquanto representações da sociedade civil enviaram cartas ao Presidente da República e à Ministra Dilma Rousseff e planejam uma manifestação em frente à sede da ANP, no Rio de Janeiro, para a esta quinta-feira (12/08).
O argumento do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB-PR) é o mesmo defendido pelas entidades Clube de Engenharia, Clube Militar, Sindicato dos Petroleiros, Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entre outras. Em resumo, todos acreditam que conceder áreas de exploração petrolífera à empresas multinacionais significa um grande risco de que todo o petróleo seja exportado em pouco tempo e a auto-suficiência, marcada para 2006, jamais aconteça.
Para Requião, as exigências do mercado internacional de óleo vão levar as companhias petrolíferas a dar prioridade ao mercado externo, em detrimento dos consumidores brasileiros. "Estou preocupado de que as empresas exportem tudo e paguem apenas os impostos", confessou.
O Clube de Engenharia e o Clube Militar enviaram cartas à ministra Dilma Rousseff e ao presidente Luís Inácio Lula da Silva com teor semelhante. A carta do Clube de Engenharia, assinada pelo presidente da entidade, Raymundo de Oliveira, adverte sobre a crise mundial de reservas, os aumentos dos preços internacionais do petróleo e a necessidade do Brasil administrar seus recursos soberanamente para otimizar sua utilidade de acordo com as demandas nacionais, sem a influência internacional.
Na carta do Clube Militar, assinada pelo general Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, presidente da entidade, a adevertência principal é sobre a quantidade de petróleo deixada à disposição das multinacionais. No texto, a entidade afirma que as áreas demarcadas para leilão concentram cerca de 6,6 bilhões de barris de petróleo, o que corresponde a 50% das reservas nacionais provadas.
O Clube Militar também lembra que segundo estimativas do setor, o barril de Petróleo poderá chegar a US$ 100 em um futuro relativamente próximo e que a crised de abastecimento é mundial.

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