Indústria Naval

Após entrega do João Cândido, Transpetro decide multar EAS por atrasos

O valor da multa está sendo avaliado de acordo com cláusulas do contrato de compra do navio, que é parte de uma encomenda de 10 embarcações do tipo suezmax feita ao estaleiro. Encomendado pelo Promef, o João Cândido iniciou nesta sexta-feira (25) a primeira viagem, após cerimônia de entrega

Redação
25/05/2012 18:18
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A Transpetro decidiu multar o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) pelo atraso na entrega do petroleiro João Cândido. O valor da multa está sendo avaliado de acordo com cláusulas do contrato de compra do navio, que é parte de uma encomenda de 10 embarcações do tipo suezmax feita ao estaleiro.

O Atlântico Sul deverá sofrer ainda uma outra multa, já que a embarcação Zumbi dos Palmares também já deveria ter sido entregue.

Encomendado pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), o João Cândido iniciou nesta sexta-feira (25) a primeira viagem, após cerimônia de entrega. Em sua primeira operação, o navio levará petróleo da Bacia de Campos para o Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião (SP).

Com 274 metros de comprimento e capacidade para transportar 1 milhão de barris - quase a metade da produção diária nacional - a embarcação atingiu um índice de conteúdo nacional de 70%, maior do que os 65% estipulados na primeira fase do Promef.

O João Cândido é o segundo navio do programa a entrar em operação. O primeiro, Celso Furtado, foi entregue à Transpetro em novembro de 2011 pelo Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro. A próxima embarcação a ser entregue, em junho, é o navio de produtos Sérgio Buarque de Holanda, também construído pelo Mauá, que concluiu com sucesso sua prova de mar no dia 16 de maio.

Além do Sérgio Buarque de Holanda, estão em fase de acabamento, no mesmo estaleiro, os navios de produtos Rômulo Almeida e José Alencar. O Promef já encomendou 49 navios, com investimento de R$ 10,8 bilhões.

Hoje, o Brasil tem a quarta maior carteira mundial de petroleiros. Os estaleiros brasileiros, que chegaram a ter menos de dois mil trabalhadores na virada do século, empregam atualmente mais de 60 mil pessoas.

"Estamos saindo da fase da inércia. Agora vamos para a fase da produtividade. Vamos cumprir o terceiro pilar desse programa, porque os dois primeiros a gente já cumpriu: fabricar navios no Brasil e atingir 65% de nacionalização. Agora, temos que estar juntos para garantir produtividade e sustentabilidade. É assim que vamos colocar a indústria naval brasileira no cenário mundial", disse, em seu discurso, o presidente da Transpetro, Sergio Machado.

A Transpetro lançou um hotsite sobre o navio João Cândido (www.promef-transpetro.com.br), onde é possível fazer um tour virtual pela embarcação.
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