Nona Rodada

ANP faz audiência pública de licitação que vai oferecer 313 blocos em 98 mil Km2

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombústiveis (ANP) realizou na tarde de ontem uma audiência pública sobre a Nona Rodada de Licitações de áreas para produção e exploração de petróleo e gás natural, marcada para 27 e 28 de novembro. Dos 98 mil Km2 oferecidos, 43 mil km2

Da redação
23/08/2007 03:00
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Ao abrir a audiência o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, enalteceu o papel das empresas de energia no desenvolvimento do país, e enumerou os benefícios trazidos pela abertura do mercado brasileiro às empresas estrangeiras. "De 1997 a 2006 a indústria de petróleo e gás no Brasil mais do que triplicou sua contribuição para o PIB brasileiro, e a ANP tem cumprido um papel relevante neste cenário", destacou.



"Esta fantástica posição de prestígio alcançada pela Petrobras veio no bojo dessa abertura do mercado. Quando se discutia a abertura, muito se falou que não passava de conversa para privatizar a companhia. Dez anos se passaram e o que se viu foi justamente o fortalecimento não só da estatal, como o aprimoramento do sistema de petróleo e gás no país", disse.



Em sua exposição, o diretor da ANP recorreu a números, mostrando que nestes dez anos de abertura do mercado as reservas provadas cresceram 60%, a produção de óleo foi elevada em 75%, foram anunciadas 77 descobertas comerciais e 60 grupos econômicos (30 nacionais e 30 de 15 diferentes países) passaram a atuar no país.



Haroldo Lima disse que ainda é cedo para avaliar o interesse de grandes grupos, "geralmente eles começam a se manifestar justamente depois da audiência pública", mas disse acreditar que a próxima licitação repetirá o sucesso alcançado pela Oitava Rodada antes da interrupção causadas pelos recursos jurídicos.



"As perspectivas são as melhores possíveis, porque estamos oferecendo áreas com grande potencial. E precisamos mesmo recuperar o que ficou para trás por causa dos problemas com a rodada anterior para garantir uma posição cômoda a partir de 2016. As decisões tomadas hoje vão repercutir daqui a 8 ou 10 anos", assegurou Lima.



Na audiência pública, a ANP fez questão de mostrar que se preparou para evitar que problemas como os que interromperam a Oitava Rodada se repitam.



"Aprendemos com o que aconteceu na Oitava Rodada. Nos preparamos para evitar a repetição daqueles transtornos na Nona Rodada. Percalços podem ocorrer,

mas dentro da nossa capacidade de previsão, acho que nos preparamos bem para que tudo ocorra da melhor maneira possível", disse Nelson Narciso, diretor da agência.



Depois da derrubada de dois recursos que interromperam as negociações no dia 28 de novembro de 2006, a continuação da Oitava Rodada chegou a ser anunciada pela ANP, mas uma nova liminar impediu que isso acontecesse. "Acreditamos que essa nova liminar também será derrubada e chegamos a pensar em retomar a Oitava Rodada em setembro. Mas acabamos achando que iria ficar muito próximo da seguinte, e preferimos concentrar nossa atenção na Nona Rodada. Desse modo, talvez seja mais prudente contar com a finalização da Oitava Rodada no início de 2008", esclareceu o diretor-geral da ANP.



Nona Rodada



Na nova rodada de licitações serão ofertados 313 blocos em 20 setores, totalizando cerca de 98 mil quilômetros quadrados em nove bacias sedimentares: Campos, Espírito Santo, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Rio do Peixe e Santos. A audiência pública aconteceu no auditório do CPRM, na Avenida Pasteur, 404 - Bloco A4, Urca, Rio de Janeiro.



Do total oferecido, 43 mil km2 (153 blocos) estão divididos em dez setores marítimos de elevado potencial nas bacias de Campos, Espírito Santo e Santos e são os principais atrativos da rodada para investidores estrangeiros. Em setores marítimos considerados de nova fronteira a oferta é de 21,9 mil Km2 divididos em 69 blocos nas bacias do Espírito Santo, do Pará-Maranhão e de Pernambuco-Paraíba.



Da área terrestre de 32,9 mil Km2, 29 blocos também estão em áreas consideradas de novas fronteiras (dez na bacia do Parnaíba e 19 na bacia do Rio do Peixe). Outros 62 blocos terrestres estão em áreas maduras das bacias do Espírito Santo, Potiguar e do Recôncavo, sendo encarados pela ANP como uma oportunidade para empresas de pequeno e médio porte, brasileiras ou estrangeiras.

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