A retomada das licitações de áreas voltadas para a exploração de petróleo no Brasil é uma demanda não somente da indústria do setor, que clama por maior previsibilidade, mas também do governo e do próprio órgão regulador que toma conta dos leilões.
O assessor da presidência da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Luiz Eduardo Duque Estrada, defendeu a retomada das licitações. “É hora de retomar as licitações. É fundamental que realizemos a 11ª Rodada”, disse, durante fórum de óleo e gás promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef).
Ele lembrou que o governo suspendeu os leilões há três anos, depois das descobertas do pré-sal, mas considera que, agora, a ANP está preparada para voltar a leiloar blocos no país. E se isso não ocorrer, o país ficará com apenas 100 mil quilômetros licitados e explorados, “o menor nível da história do país”.
De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos De Luca, representante da indústria, lembrou que as “empresas estão gastando seus cartuchos” e considerou que elas “precisam renovar suas carteiras”, para que possam trabalhar com um horizonte de médio e longo prazos.
“Não vemos motivo aparente para a postergação da rodada, porque contempla só áreas fora do pré-sal. Temos feito diversos apelos no sentido de liberar isso, precisamos da retomada das licitações”, disse.
O secretário estadual de Desenvolvimento, Júlio Bueno, disse que o país não pode ficar parado porque a Petrobras não tem recursos para avançar. “Tem gente que aposta que a gente não vai conseguir fazer nenhuma licitação do pré-sal , e tão esdrúxulas que são as regras”, disse.