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Americana CH2M Hill cria unidade de energia no país

Valor Econômico
28/03/2012 17:56
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A empresa de engenharia americana CH2M Hill está abrindo no Brasil uma unidade exclusivamente voltada a negócios em transmissão e geração de energia que atuará em toda a América Latina. Os executivos já têm conversas com empresas do setor e a intenção é conquistar pelo menos um contrato até o ano que vem.

Segundo Pablo Ibañez, diretor de operações no Brasil, o objetivo é aumentar a participação da região no faturamento global da companhia. A CH2M já estava presente no país desde 1996, mas seus negócios estavam mais voltados a outros tipos de projetos, como no segmento de infraestrutura de transportes. Com o aumento das oportunidades em energia no país, setor que alcança 5% de crescimento ao ano no caso da geração, a companhia pretende abocanhar parte dessas oportunidades.

A empresa - que não faz a construção direta de empreendimentos, mas sim o gerenciamento de obras via contratação de terceirizadas, além da elaboração de projetos de engenharia e consultoria - dedicará atenções aos segmentos de energia termelétrica e renovável, em especial eólica e solar. Os projetos de hidrelétricas ficarão em segundo plano, já que a companhia considera ter pouca experiência nesse tipo de usina.

A ideia da CH2M é assumir "um contrato de engenharia e construção de cada vez". "Não existe capacidade e tecnologia suficientes para pegarmos dois ou três projetos ao mesmo tempo", diz Ibañez. Além disso, a empresa vai direcionar atenções a projetos de engenharia e construção (o chamado EPC) de pequeno e médio porte. Para comandar a recém-criada unidade de Power no país, a CH2M contratou José Renato Bruzadin, que até janeiro ocupava o cargo de diretor de engenharia para a América Latina da GE Water & Process Technologies.

A estratégia da empresa para o Brasil e a América Latina segue uma orientação global para o fortalecimento das operações fora dos Estados Unidos. A região do Oriente Médio e o Canadá são os locais mais promissores para a empresa nos próximos anos. No caso do Brasil, os executivos da matriz reconhecem que - com mais de quinze anos de atuação no país - os resultados em território nacional são considerados ainda tímidos, quando comparados aos números globais. Em 2010, foram registrados US$ 22 milhões de faturamento no país, apenas 0,35% das receitas de todo o mundo - que alcançam US$ 6,3 bilhões. Mesmo assim, os executivos são esperançosos para os próximos anos.

Em entrevista ao jornal 'Valor' em agosto, o presidente da divisão global de água e energia do grupo, Robert Card, disse que a empresa tem um grande potencial de expansão, graças ao bom momento da economia brasileira e ao aumento da demanda por obras de infraestrutura. O objetivo da matriz é, em cinco anos, fazer a empresa figurar entre as dez maiores companhias de engenharia no país. "É um grande desafio", reconheceu Card - já que, para obter o feito, a companhia precisa multiplicar as receitas por pelo menos cinco. Para Ibañez, a participação das operações no Brasil e na América Latina podem ser responsáveis, já nos próximos anos, por 5% a 10% do faturamento global da empresa.
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