Internacional

Aberta a busca por petróleo no Ártico

Gaz Mercantil/Dow Jo
26/07/2006 03:00
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A Groenlândia inaugurou ontem uma nova rodada de concessões para licenças de exploração, e várias das maiores empresas petrolíferas mundiais esperam se estabelecer em possíveis reservas de petróleo e gás natural no exterior, na frágil região do Ártico.

Os olhos de um planeta sedento por petróleo se voltam para as terras da Groenlândia, em meio aos crescentes preços dos combustíveis, à instabilidade no Oriente Médio, e às preocupações sobre futuros fornecimentos.

O governo da Groenlândia, território dinamarquês semi-autônomo, espera conseguir grandes receitas das profundezas de suas águas geladas. Entretanto os especialistas em meio ambiente dizem que a exploração de petróleo ali poderá danificar uma região sensível já ameaçada pelo aquecimento global. "Temos certeza que há petróleo, mas não sabemos quanto exatamente, e se poderá ser lucrativo", informou Joern Skov Nielsen, gerente da Comissão de Minerais e Petróleo da Groenlândia, antes de uma reunião de três dias com representantes de empresas petrolífera em Ilulissat, na costa oeste da ilha gigante.

Nielsen se recusou a dizer quais empresas compareceram ao encontro, e quais os pré-requisitos que o governo groenlandês irá propor para a exploração em Disko Bay, área a ser aberta para a atual rodada de concessões. "Tudo que posso dizer é que contamos com a presença das 15 maiores empresas na América do Norte e Europa", anunciou. O fato dos que compareceram à reunião terem adquirido informações sísmicas na região de Disko-Nussuaq foi "um sinal garantido de interesse", disse. O prazo para ofertas pelas novas concessões vai até 15 de dezembro.

A exploração em um dos lugares mais remotos do globo não é uma fácil tarefa. Os que fizerem suas ofertas deverão enfrentar um clima inclemente e muito gelo, evitando causar danos ao frágil ecossistema de Disko Bay. A área inclui o fiorde e geleira Kangia, sob proteção da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), como Patrimônio da Humanidade. Nielsen adiantou que será feito um estudo sobre o impacto ambiental, mas ativistas do meio ambiente consideram que isso não será suficiente.

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