Tubos

V&M do Brasil vai investir R$ 250 milhões em 2005

Em cinco anos de Brasil, a V&M investiu R$ 400 milhões e faturou R$ 5 bilhões. A maior parte dos R$ 250 milhões será aplicada na ampliação de capacidade de produção para atender o contínuo aumento de demanda interna.


29/04/2005 03:00
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 A V&M do Brasil, subsidiária brasileira do grupo siderúrgico francês Vallourec, vai investir R$ 250 milhões em vários setores da companhia em 2005. Em cinco anos de Brasil, a empresa investiu aproximadamente R$ 400 milhões e faturou R$ 5 bilhões.
O presidente da divisão de tubos laminados a quente do grupo Vallourec, Marco Antônico Castello Branco, informou, nesta quinta-feira (28/04), que do total a ser investido, R$ 120 milhões serão destinados a aumentar a capacidade de produção e R$ 70 milhões serão aplicados na infra-estrutura da companhia.
Na descrição de investimentos feita por Castello Branco, R$ 90 milhões irão para a produção de laminados de sete polegadas, com a antecipação do funcionamento de um novo laminador para agosto. A previsão era de que o laminador só estivesse pronto no ano que vem. Outros R$ 30 milhões serão aplicados para garantir o aumento da oferta de tubos de precisão para o setor automobilístico.
Os R$ 70 milhões da infra-estrutura serão distribuídos em R$ 25 milhões para V&M Mineração , outros R$ 25 milhões na V&M Florestal e R$ 20 milhões na usina siderúrgica. A V&M Mineração é a unidade da qual a companhia extrai o minério de ferro que utiliza em sua produção e a V&M Florestal se constitui de fazendas de eucalipto e unidades de processamento de onde a empresa obtém o carvão vegetal utilizado na produção siderúrgica. Os R$ 60 milhões restantes terão destinações diversas.
O faturamento da V&M do Brasil representa 15% do total do grupo e os investimentos correspondem a 30% do total a ser investido em todo o grupo. O diretor presidente e Ceo do grupo, Pierre Verluca, admitiu que "neste sentido a empresa está recuperando o tempo perdido". No entanto o executivo ressaltou que desde a aquisição da Mannesmann, iniciada com a fusão em 1997 e aquisição em 2000, a Vallourec não perdeu tempo. "Em cinco anos, nós triplicamos o faturamento da V&M do Brasil", disse.
Entre 2000 e 2005, a V&M do Brasil obteve faturamento de R$ 5 bilhões, arrecadou R$ 1 bilhão de impostos e encargos. O investimento no período foi de R$ 400 milhões e a empresa ainda aplicou R$ 7 milhões em projetos de responsabilidade social, patrocínios culturais etc..
Durante os cinco anos de atuação no Brasil, a empresa processou 2,6 milhões de toneladas de aço e produziu 2,1 milhões de tubos sem costura. Em 2005, a empresa pretende elevar o volume de aço processado anualmente para cerca de 680 mil toneladas anuais. No ano passado, segundo informa Castello Branco, a companhia processou entre 610 e 620 mil toneladas.

Óleo e Gás - O setor de óleo e gás representa 41% do faturamento da V&M do Brasil, no entanto ela é uma empresa especializada em tubos sem costura de até 14 polegadas, que são utilizados em Exploração e Produção (E&P) e em distribuição de gás natural. Segundo Castello Branco, a expansão da malha de gasodutos da Petrobras não é um mercado para a empresa, já que os tubos de transporte de gás são muito maiores e constituem um outro tipo de produto. No entanto, o executivo lembrou que a V&M foi fornecedora para o gasoduto Urucu-Porto Velho, no qual utilizou-se tubos de 14 polegadas. 
Embora não seja seu nicho de mercado, a V&M do Brasil é sócia da Tubos Soldados do Atlântico (TSA), empresa do grupo Europipe, que destina-se à produção de tubos transporte de gás, saneamento, mineração e construção portuária e industrial. Segundo explica Castello Branco, "a V&M é sócia minoritária com 20% do negócio e aporta conhecimento do mercado brasileiro ao grupo Europipe, detententor de 70% das ações de TSA". Além das duas empresas, os 10% restantes são da Inter Oil, companhia especializada em suporte de exportação.
Durante a coletiva realizada, no Hotel Mercure, em Belo Horinzonte (MG), o presidente do Conselho Consultivo do Grupo Vallourec, Jean Paul Parayre, admitiu que há um atraso no atendimento à demanda de óleo e gás no mundo e que no futuro haverá investimentos importantes neste setor. Segundo o executivo, as empresas de petróleo investiram pouco no setor de óleo e gás porque não esperavam que a demanda crescesse tanto. "Hoje na China, cerca de 40 milhões de pessoas por ano saem de ambientes rurais, onde não consumiam nada, e vão para as cidades, onde utilizam mais energia e consomem mais, o que também eleva a demanda de energia. O nosso sentimento é de que vamos assistir ao desenvolvimento de mercado para nossos produtos no futuro", analisa.
Na China, o crescimento de demanda por tubos sem costura tem sido de 10% ao ano, segundo cálculos do grupo Vallourec. No Brasil, a demanda cresce uma média de 6% ao ano, um valor considerado bastante superior aos níveis observados na Europa e nos Estados Unidos. Embora não tenha informado a cifra exata, Verluca assegurou que o Brasil está em uma boa posição em relação a outros países.

A repórter viajou a convite da V&M do Brasil 

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