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A Venezuela, oitavo produtor e quinto exportador mundial, espera ser até 2010 um dos principias fornecedores de petróleo da China, o segundo consumidor de energia do mundo, declarou hoje o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no terceiro dia de sua quarta visita oficial ao país.
"Em 2009 devemos estar a um nível de produção de meio milhão de barris por dia e na próxima década podemos chegar a um milhão de barris", afirmou Chávez depois de uma reunião com o presidente chinês, Hu Jintao.
Um dos oito acordos assinados hoje entre ambos países prevê a criação de uma empresa conjunta entre a petroleira estatal venezuelana PDVSA e a chinesa CNPC, primeira produtora de petróleo e gás do país asiático.
O objetivo é desenvolver um campo petroleiro, o Junín 4, na faixa do Orinoco, que segundo a Venezuela, é uma das maiores reservas mundiais de petróleo pesado, em território venezuelano.
Chávez calculou que os investimentos chineses no setor petroquímico e petroleiro dos próximos anos chegarão a US$2 milhões.
O governo venezuelano considera que a tensão que caracteriza as relações com os Estados Unidos, o acordo com a China, não irá prejudicar as exportações para os EUA, graças ao aumento da produção, principalmente na faixa do Orinoco.
A Venezuela produz atualmente 3,2 milhões de barris por dia e é o único país da América Latina que é membro da Opep.
O integrante da Opep exporta 150 mil barris de petróleo por dia para a China e 1,5 milhões aos Estados Unidos.
Segundo a agência internacional de energia, a China, cujos principias fornecedores são a Angola, Arábia Saudita, Irã e Rússia, consome 7,4 milhões de barris por dia, enquanto sua produção nacional é de 4,7 milhões.
"Nos transformamos em um dos grandes exportadores de petróleo para o gigante asiático", declarou Chávez.
Saul Amellach, presidente de Pequiven (a filial da PDVSA que refina petróleo) pretende colaborar e fará um investimento conjunto para a construção de um complexo petroquímico em Paraguana, noroeste da Venezuela.
"Paraguana é a maior refinaria da Venezuela, mas apenas produz gasolina. No restante do mundo, metade da produção das refinarias são de produtos petroquímicos e é onde há um déficit", declarou Amellach.
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