Negócios

Venda de MPX só traz alívio para Eike

E.ON terá 24,5% das ações.

Valor Econômico
01/04/2013 13:56
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O fechamento do negócio para o aumento de participação da alemã E.ON no capital da elétrica MPX foi o primeiro com participação e comprometimento efetivo do BTG Pactual, novo assessor estratégico do Grupo EBX. Pelo acordo, Batista venderá parte de suas ações na MPX e recebe cerca de R$ 1,5 bilhão. Esse dinheiro, embora não seja suficiente, vai deixá-lo mais confortável para honrar o compromisso de aportar US$ 1 bilhão na petroleira OGX e US$ 500 milhões no estaleiro do grupo, o OSX. Além disso, como o controle da MPX passará a ser compartilhado, nem E.ON nem a holding EBX vai consolidar a dívida da companhia elétrica, que ao fim de 2012 estava em R$ 6 bilhões. O dinheiro em caixa e a retirada da dívida do balanço podem melhorar a atual alavancagem e o acesso a crédito para o empresário e seu grupo.
Enquanto isso, o BTG continua o processo de imersão nas empresas de Eike Batista e o mercado espera que um próximo negócio, com a chegada de um investidor ou a venda de um pedaço, seja fechado na petroleira OGX.
O acordo acertado para a MPX foi o primeiro a sair porque entre as companhias do grupo essa é a única em que Batista já possui um sócio estratégico para abrir as negociações. Nas outras, ele ainda deverá buscar parceiros.
No negócio, primeiro a E.ON adquire 24,5% das ações de Batista na MPX. Em seguida, haverá uma oferta pública de ações de R$ 1,2 bilhão. Por fim, a joint venture formada para a entrada da E.ON na elétrica será incorporada pela MPX e um acordo de acionistas será assinado entre o grupo alemão e Batista, que permanece no controle. A operação sairá próxima ao valor atual da ação na bolsa e não haverá "tag along" (prêmio de controle).
O 'Valor' apurou que o acordo de acionistas prevê que, se futuramente a E.ON comprar a fatia de Batista e ficar sozinha no controle, estará obrigada a conceder o "tag along" aos demais acionistas. Com a operação anunciada, a E.ON ficará com 36,1% do capital da empresa; Batista com 23,7%.
Segundo fontes, antes da parceria do BTG com a EBX o negócio tinha outro formato. O empresário venderia quase toda a fatia na MPX e receberia R$ 3 bilhões. O controle seria exercido, por meio de acordo, pela E.ON e outros acionistas minoritárias, as gestoras de recursos Gávea e Dynamo, mais o BNDES.
No entanto, enquanto esse acordo era fechado, as conversas com o BTG se estreitaram e o banco tinha interesse na MPX. Como Batista conseguiu uma linha de crédito de Esteves, dono do BTG, sentiu-se mais confortável para continuar com fatia expressiva na MPX - até mesmo por acreditar que, se esperar mais alguns anos, poderá vender suas ações por um valor maior.
O preço para a operação não está fechado: ficará entre um mínimo de R$ 10 e um máximo de R$ 11 por ação. A E.ON fixou o teto de R$ 11. No entanto, como há a necessidade de capitalizar a empresa devido à expectativa de participar dos próximos leilões de energia e ainda será realizada a oferta pública de ações, não havia como prever a que preço os papéis sairiam nessa operação. A companhia alemã se comprometeu a participar da oferta, com R$ 366 milhões (30% do total).
Se a E.ON pagasse hoje os R$ 11 e daqui a dois ou três meses, na oferta, o papel saísse a um valor bem menor, uma vez que um anúncio de uma oferta sempre exerce uma pressão de baixa em papéis de empresas listadas, a alemã não teria como justificar para seu conselho que havia pago mais caro pelas ações do que outros acionistas. Buscou-se, então, uma negociação de piso para os papéis e, conforme apurou o 'Valor', os R$ 10 foram estabelecidos por BNDES e BTG, que concedeu a garantia firme.
O BTG comprará ações da MPX na oferta, em uma busca de ampliar a base de acionistas da companhia de eletricidade de Batista, que fechou o ano passado com prejuízo de R$ 435 milhões. O resultado operacional (Ebitda) foi negativo em R$ 374 milhões e a receita operacional líquida da empresa foi de R$ 491 milhões.
Durante a oferta pública de ações em 2007, a MPX apresentou projetos que somariam potência instalada total de 9.647 MW até 2018. E no fim deste ano, projetava chegar a 5.047 MW.
Até agora, a empresa de Eike tem cinco usinas geradoras de energia em operação, com 1,25 mil MW de capacidade instalada - são quatro térmicas (duas a carvão, uma a gás e uma a óleo diesel) e uma usina movida a energia solar. Com a previsão de iniciar a operação das térmicas Pecém II e Parnaíba II e concluir Parnaíba I ainda este ano, a MPX deve encerrar 2013 com 2.814 MW de capacidade instalada.
A gigante alemã, uma das líderes na Europa, atua na geração de energia nuclear, ciclo combinado, renováveis e a vapor, com potência instalada total de 58,2 mil MW. No ano passado, teve receita líquida de € 132 bilhões (igual a R$ 331,6 bilhões) e lucro líquido de € 2,64 bilhões (R$ 6,63 bilhões). A dívida líquida da E.ON no fim de dezembro somava € 14,65 bilhões (R$ 36,78 bilhões).

O fechamento do negócio para o aumento de participação da alemã E.ON no capital da elétrica MPX foi o primeiro com participação e comprometimento efetivo do BTG Pactual, novo assessor estratégico do Grupo EBX. Pelo acordo, Batista venderá parte de suas ações na MPX e recebe cerca de R$ 1,5 bilhão. Esse dinheiro, embora não seja suficiente, vai deixá-lo mais confortável para honrar o compromisso de aportar US$ 1 bilhão na petroleira OGX e US$ 500 milhões no estaleiro do grupo, o OSX. Além disso, como o controle da MPX passará a ser compartilhado, nem E.ON nem a holding EBX vai consolidar a dívida da companhia elétrica, que ao fim de 2012 estava em R$ 6 bilhões. O dinheiro em caixa e a retirada da dívida do balanço podem melhorar a atual alavancagem e o acesso a crédito para o empresário e seu grupo.


Enquanto isso, o BTG continua o processo de imersão nas empresas de Eike Batista e o mercado espera que um próximo negócio, com a chegada de um investidor ou a venda de um pedaço, seja fechado na petroleira OGX.


O acordo acertado para a MPX foi o primeiro a sair porque entre as companhias do grupo essa é a única em que Batista já possui um sócio estratégico para abrir as negociações. Nas outras, ele ainda deverá buscar parceiros.


No negócio, primeiro a E.ON adquire 24,5% das ações de Batista na MPX. Em seguida, haverá uma oferta pública de ações de R$ 1,2 bilhão. Por fim, a joint venture formada para a entrada da E.ON na elétrica será incorporada pela MPX e um acordo de acionistas será assinado entre o grupo alemão e Batista, que permanece no controle. A operação sairá próxima ao valor atual da ação na bolsa e não haverá "tag along" (prêmio de controle).


O 'Valor' apurou que o acordo de acionistas prevê que, se futuramente a E.ON comprar a fatia de Batista e ficar sozinha no controle, estará obrigada a conceder o "tag along" aos demais acionistas. Com a operação anunciada, a E.ON ficará com 36,1% do capital da empresa; Batista com 23,7%.


Segundo fontes, antes da parceria do BTG com a EBX o negócio tinha outro formato. O empresário venderia quase toda a fatia na MPX e receberia R$ 3 bilhões. O controle seria exercido, por meio de acordo, pela E.ON e outros acionistas minoritárias, as gestoras de recursos Gávea e Dynamo, mais o BNDES.


No entanto, enquanto esse acordo era fechado, as conversas com o BTG se estreitaram e o banco tinha interesse na MPX. Como Batista conseguiu uma linha de crédito de Esteves, dono do BTG, sentiu-se mais confortável para continuar com fatia expressiva na MPX - até mesmo por acreditar que, se esperar mais alguns anos, poderá vender suas ações por um valor maior.


O preço para a operação não está fechado: ficará entre um mínimo de R$ 10 e um máximo de R$ 11 por ação. A E.ON fixou o teto de R$ 11. No entanto, como há a necessidade de capitalizar a empresa devido à expectativa de participar dos próximos leilões de energia e ainda será realizada a oferta pública de ações, não havia como prever a que preço os papéis sairiam nessa operação. A companhia alemã se comprometeu a participar da oferta, com R$ 366 milhões (30% do total).


Se a E.ON pagasse hoje os R$ 11 e daqui a dois ou três meses, na oferta, o papel saísse a um valor bem menor, uma vez que um anúncio de uma oferta sempre exerce uma pressão de baixa em papéis de empresas listadas, a alemã não teria como justificar para seu conselho que havia pago mais caro pelas ações do que outros acionistas. Buscou-se, então, uma negociação de piso para os papéis e, conforme apurou o 'Valor', os R$ 10 foram estabelecidos por BNDES e BTG, que concedeu a garantia firme.


O BTG comprará ações da MPX na oferta, em uma busca de ampliar a base de acionistas da companhia de eletricidade de Batista, que fechou o ano passado com prejuízo de R$ 435 milhões. O resultado operacional (Ebitda) foi negativo em R$ 374 milhões e a receita operacional líquida da empresa foi de R$ 491 milhões.


Durante a oferta pública de ações em 2007, a MPX apresentou projetos que somariam potência instalada total de 9.647 MW até 2018. E no fim deste ano, projetava chegar a 5.047 MW.


Até agora, a empresa de Eike tem cinco usinas geradoras de energia em operação, com 1,25 mil MW de capacidade instalada - são quatro térmicas (duas a carvão, uma a gás e uma a óleo diesel) e uma usina movida a energia solar. Com a previsão de iniciar a operação das térmicas Pecém II e Parnaíba II e concluir Parnaíba I ainda este ano, a MPX deve encerrar 2013 com 2.814 MW de capacidade instalada.


A gigante alemã, uma das líderes na Europa, atua na geração de energia nuclear, ciclo combinado, renováveis e a vapor, com potência instalada total de 58,2 mil MW. No ano passado, teve receita líquida de € 132 bilhões (igual a R$ 331,6 bilhões) e lucro líquido de € 2,64 bilhões (R$ 6,63 bilhões). A dívida líquida da E.ON no fim de dezembro somava € 14,65 bilhões (R$ 36,78 bilhões).

 

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