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A Companhia Vale do Rio Doce está reavaliando a participação da Nona Rodada de petróleo e gás natural, prevista para o fim do mês, depois que áreas importantes foram retiradas do leilão por estarem na região do campo gigante de Tupi, do consórcio formado por Petrobras, BG e Petrogal.
"Estamos avaliando, a decisão não foi tomada, continuamos negociando parcerias e estudando a nova regra", informou a assessoria da Vale.
Estreante em leilão de petróleo assim como a Vale, a OGX, do empresário Eike Batista, manteve o interesse no leilão, segundo sua assessoria de imprensa, principalmente porque pelas regras da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis a empresa, assim como a Vale, não poderá ser operadora de bloco e nem explorar em águas ultra-profundas.
A retirada de áreas consideradas atraentes aos investidores - principalmente para as grandes companhias estrangeiras - a duas semanas do leilão provocou críticas de algumas empresas, mas até agora nenhuma das cerca de 70 habilitadas pela ANP declarou que iria desistir do leilão.
Apesar da retirada de 41 dos 120 blocos considerados de elevado potencial de descoberta, a expectativa dos analistas é que muitas empresas devem confirmar presença no leilão.
"Certamente teria disputa maior, mas vai ter oferta sim, talvez não tantas como teria antes", avaliou o consultor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura Adriano Pires. Para ele, mais grave do que a retirada de áreas às vésperas do leilão foi a decisão de mudar as regras do setor, o que ele chama de quebra de contrato.