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Tridimensional investe no segmento de petróleo

Empresa trará ao país tecnologias inovadoras.

Valor Econômico
22/04/2013 19:24
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Responsável, do lado brasileiro, durante sete anos pelo acompanhamento do projeto, fornecimento, construção e operação inicial das usinas Angra 1 e 2, além da inconclusa Angra 3, o engenheiro Antonio Müller agora trabalha para trazer tecnologias inovadoras para a indústria de petróleo no mar. A Tridimensional Engenharia, empresa que Müller preside, assinou parceria com a britânica DPS para absorver tecnologia e fornecer ao mercado pelo menos dois equipamentos inéditos por aqui: uma máquina de tratar rejeitos de plataformas que elimina o transporte desse lixo para terra e um modelo compacto de separador de óleo, gás, água e areia.
O equipamento para tratar rejeitos, segundo Müller, é inédito no setor de petróleo e está sendo fornecido para a Marinha britânica e para hospitais do Reino Unido. O equipamento transforma os rejeitos em cinzas, sem queima, por meio de um processo chamado pirólise, e os gases gerados podem ser usados para geração de vapor e aquecimento de água.
Hoje, segundo Müller, os rejeitos orgânicos e inorgânicos das plataformas são transportados para serem tratados e descartados ou reaproveitados em terra. Instalações e produção em terra, mas em áreas remotas, como em Urucu (Amazonas), também têm problemas com tratamento de resíduos e, segundo o empresário, podem utilizar o novo equipamento que processa de 120 a 580 quilos por hora, dependendo do tipo de rejeito.
Já o separador de óleo, gás, sólidos e água, de acordo com Müller, tem estrutura compacta que reduz o espaço ocupado na plataforma. Operando por centrifugação, ele processa até 30 mil barris de óleo equivalente por dia e já é utilizado na indústria de gás de xisto dos Estados Unidos.
Embora a Tridimensional seja essencialmente uma empresa de gerenciamento (EPC, no jargão setorial), Müller disse que o acordo com a DPS prevê transferência de tecnologia e a fabricação no Brasil de todos os componentes dos equipamentos possíveis de aqui serem feitos. "Queremos maximizar o conteúdo nacional", afirmou.

 

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