Promef I

Transpetro assina contrato com Estaleiro Eisa para a construção de quatro navios

A Transpetro, subsidiária de logística e transporte da Petrobras, assinou nesta quinta-feira, (4), contrato com o estaleiro fluminense Eisa para a construção de quatro petroleiros Panamax, previstos no Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).

Agência Petrobras
05/12/2008 12:41
Transpetro assina contrato com Estaleiro Eisa para a construção de quatro navios Visualizações: 462

A Transpetro, subsidiária de logística e transporte da Petrobras, assinou nesta quinta-feira, (4), contrato com o estaleiro fluminense Eisa para a construção de quatro petroleiros Panamax, previstos no Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).

 

Agora, são oito os navios da primeira fase do programa com construção garantida no Rio: o Estaleiro Mauá, instalado em Niterói, já havia assinado contrato com a Transpetro para fazer quatro navios destinados ao transporte de produtos claros derivados de petróleo.

 

No total, a primeira fase do Promef prevê investimentos de US$ 2,5 bilhões na construção de 26 navios. O programa permitiu o deslanche da indústria da construção naval no Brasil, às voltas com um marasmo de 20 anos, depois de o País ter sido o segundo maior fabricante de navios de grande porte do mundo, na década de 70.

 

A segunda fase do Promef – com previsão para a construção de mais 23 navios – começou em julho, com o envio dos editais para os estaleiros convidados. Estão programados para a segunda fase sete navios petroleiros – quatro Suezmax e três Aframax – todos com posicionamento dinâmico (pela primeira vez fabricados no Brasil), além de nove navios de produtos, cinco para transportar gás liquefeito de petróleo e três para bunker (combustível de embarcações).

 

Sobre o Eisa

 

Com instalações na Ilha do Governador, o Estaleiro Eisa – que construirá os quatro navios Panamax previstos para a primeira fase – possui, além dos petroleiros agora contratados, uma carteira de encomendas que inclui navios de produtos para a venezuelana PDVSA e outros armadores, a maioria estrangeiros. O Eisa está, portanto, plenamente habilitado tecnicamente para construir os navios da Transpetro.

 

A direção do Eisa atribui a modernização empreendida pelo estaleiro às diretrizes traçadas pelo Promef, que tem como premissa básica tornar a indústria naval brasileira competitiva internacionalmente.

 

O estaleiro investiu fortemente em equipamentos, treinamento, tecnologia e instalações. A existência de duas carreiras laterais de construção permite a fabricação simultânea de dois ou mais navios, o que garante boa capacidade produtiva e flexibilidade industrial.

 

Entre as várias melhorias executadas na área industrial destacam-se também três novos galpões para a construção de blocos; acréscimo do pátio de aço, passando a ter capacidade para estocar 50 mil toneladas; acréscimo dos galpões de serralheria, tubulação e mecânica; criação de duas áreas para a submontagem de peças específicas dos navios; prolongamento das áreas de operação dos pórticos; mudança do lay-out para obter melhor fluxo de produção; compra de 100 computadores e a aquisição de 120 máquinas robotizadas para soldagem.

 

Mudanças

 

No último dia 7 de novembro, a Transpetro assinou contrato com o Estaleiro Atlântico Sul – instalado no Porto de Suape, em Pernambuco – para a construção de cinco petroleiros Aframax. Os quatro Panamax, agora a cargo do Estaleiro Eisa, e os cinco Aframax encomendados ao Atlântico Sul deveriam ser construídos pelo Consórcio Rio Indústria Naval, vitorioso na licitação promovida pela Transpetro. O consórcio fluminense (formado pelo Sermetal Estaleiros e MPE, com parceria tecnológica da Hyundai) desistiu das encomendas.

 

A decisão foi atribuída à falta de acordo para o arrendamento da área do antigo Ishibras, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro. Segundo o consórcio, sem um contrato de 20 anos a preços adequados, não seriam viáveis os investimentos necessários para modernizar das instalações e atender aos rígidos padrões estabelecidos pelo Promef.

 

Os novos contratos têm as bases de preços da proposta vencedora na licitação, do Rio Indústria Naval, que foi de US$ 517 milhões pelos cinco petroleiros Aframax e de US$ 349 milhões pelos quatro Panamax. Voltados para o transporte de óleo cru, os Aframax, encomendados ao Atlântico Sul, têm capacidade em torno de 110 mil toneladas de porte bruto (TPB), o equivalente a 700 mil barris. Os Panamax  têm cerca de 73 mil TPB, ou 550 mil barris.

 

Os quatro navios de produtos claros, a serem construídos pelo Estaleiro Mauá, têm capacidade aproximada de 48 mil toneladas de porte bruto e custarão, no total, US$ 277 milhões.

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