Publicação

Transição energética do gás no mundo é tema de livro

Lançamento foi ontem (27) na sede do IBP.

Redação TN/ Maria Fernanda Romero
28/03/2013 14:17
Transição energética do gás no mundo é tema de livro Imagem: Divulgação IBP Visualizações: 260

 

Importante para compreender a dinâmica da indústria do gás no 
Brasil e no mundo, a publicação, lançada ontem (27) na sede do 
Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) é dos 
autores Edmar de Almeida e Marcelo Colomer, do Grupo de 
Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(UFRJ).
O livro trata dos motores do processo de mudança que a indústria 
brasileira de gás está passando, mas também traz um panorama 
da situação internacional, onde o gás também se encontra em 
transição.
Durante o lançamento da publicação, Marcelo Colomer lembrou 
que até a década de 70 o gás era um"figurante" e que o mesmo 
nasceu para ajudar a indústria do petróleo. A partir da década de 
80, os choques do petróleo que abriram espaço para as novas 
energias e as inovações tecnológicas, contribuíram para a 
mudança na indústria do gás. "Inovações essas como, a 
disseminação das plantas de ciclo combinado do setor 
termoelétrico, que abrem um imenso espaço para o setor de gás 
se expandir no mundo; o aperfeiçoameno de tecnologias para o 
transporte de Gás natural liquefeito (GNL), como liquefação e 
regaseificação; e no caso dos países em desenvolvimento, a 
difusão do gás no uso veicular", ressaltou. 
Segundo Colomer, essas mudanças estruturais e regulatórias 
foram determinantes para este novo momento da indústria de gás - 
que fizeram de fato o gás se tornar um negócio - e de acordo com 
ele, alguns elementos que explicam a transição do gás no mundo 
são a descoberta dos reservatórios não convencionais, o 
descolamento do preço do gás, o gás competitivo frente ao 
petróleo, as pressões ambientais que favorecem o gás natural e as 
metas ousadas da participação do gás na matriz energética 
chinesa. 
"O gás não-convencional pode ter um papel protagonista na 
transição energética. Entretanto, ainda persistem muitas incertezas 
quanto à dinâmica econômica, política e regulatória da indústria do 
gás", informou ele.
Na ocasião, o pesquisador Edmar de Almeida, falou sobre a 
situação brasileira do gás, que foi reestruturada recente. Almeida 
apontou que a indústria nacional de gás teve um desenvolvimento 
tardio e foi caracterizada por três questões básicas: a escassez de 
gás doméstico e dependência das importações, o papel central da 
Petrobras na estruturação da cadeia produtiva, e a inserção do 
gás na matriz elétrica através de usinas térmicas que operam em 
complementação à produção hidrelétrica.
"O gás natural também pode ser uma ótima oportunidade para o 
Brasil. Pelo lado da oferta, devido ao grande potencial das bacias 
terrestres com novas tecnologias e ao pré-sal. E pelo lado da 
demanda, contribuindo para melhorar a eficiência energética, 
aumentar a competitividade da indústria e melhorar a segurança 
do abastecimento elétrico", indicou. 
No entado, Almeida disse que a oferta doméstica só será 
abundante se a produção de gás natural for um negócio 
interessante e rentável para as empresas. E os desafios são a 
criação de um novo modelo: uma política para promoção do 
investimento em produção e transporte de gás, o acesso 
competitivo aos mercados existentes e a melhoria das condições 
da inserção do gás na geração elétrica.
"O gás tem que sair da lógica de subproduto. Com dois 
ingredientes, acreditamos que conseguiremos avançar nesses 
desafios: falta vontade política e regulação forte", enfatizou. 
Essas foram algumas das motivações que levaram os 
pesquisadores a escrever o livro. A publicação, da Editora 
Synergia, contou ainda com o apoio da Fundação de Amparo à 
Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).

 

Importante para compreender a dinâmica da indústria do gás no Brasil e no mundo, a publicação, lançada ontem (27) na sede do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) é dos autores Edmar de Almeida e Marcelo Colomer, do Grupo de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

O livro trata dos motores do processo de mudança que a indústria brasileira de gás está passando, mas também traz um panorama da situação internacional, onde o gás também se encontra em transição.

 

"O gás não-convencional pode ter um papel protagonista na transição energética. Entretanto, ainda persistem muitas incertezas quanto à dinâmica econômica, política e regulatória da indústria do gás", informou o pesquisador Marcelo Colomer.

 

Na ocasião, o pesquisador Edmar de Almeida, falou sobre a situação brasileira do gás, que foi reestruturada recente. Ele disse que o gás natural também pode ser uma ótima oportunidade para o Brasil, tanto pelo lado da oferta, quanto pelo lado da demanda.

 

"No entanto, a oferta doméstica só será  abundante se a produção de gás natural for um negócio interessante e rentável para as empresas. E os desafios são a criação de um novo modelo: uma política para promoção do investimento em produção e transporte de gás, o acesso competitivo aos mercados existentes e a melhoria das condições da inserção do gás na geração elétrica", apontou.

 

Segundo os autores, o gás tem que sair da lógica de subproduto. E eles acreditam que só conseguiremos isso se avançarmos nesses desafios: falta vontade política e regulação forte.

 

Essas foram algumas das motivações que levaram os pesquisadores a escrever o livro. A publicação, da Editora Synergia, contou ainda com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).

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