Os trabalhadores da construção pesada em atividade nas obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da Petroquímica Suape declararam greve ontem (2), por tempo indeterminado, durante a assembleia no Complexo Industrial Portuário de Suape. Eles recusaram as propostas apresentadas pelo patronal Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) - folga de campo de cinco dias por 90 trabalhados, passagem aérea para trabalhadores que morem a partir de mil quilômetros da obra, R$ 180 de cesta básica e 10% de reajuste salarial.
O Sinicon reuniu-se com as empresas na tarde de ontem e divulgou, em comunicado à Imprensa, que o Sintepav “atropelou as negociações e instaurou a greve, sem avisar com 48 horas de antecedência, por meio de ofício, como diz a lei”. Por isso, o sindicato patronal entrou com um pedido de dissídio de natureza jurídica, junto à Justiça do Trabalho. Hoje, representantes das empresas têm uma reunião com o procurador-chefe do Trabalho, Fábio Farias, que já colocou o serviço do Ministério Público do Trabalho (MPT-PE) à disposição para mediar entendimento entre as partes.
O presidente do Sintepav-PE, Aldo Amaral, se reuniu com o secretário de Articulação Social e Regional, Sileno Guedes, que também se colocou à disposição para intermediar as negociações. As negociações continuam e o Sindicato fará inspeções nos canteiros de obras para garantir que a greve está sendo respeitada.