Negócios

ThyssenKrupp acelera venda da CSA

Valor Econômico
26/06/2012 12:48
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O grupo alemão ThyssenKrupp vai anunciar nos próximos dias a contratação de um ou até dois bancos de investimento com atuação internacional para executar o processo global de venda de seus dois ativos siderúrgicos no Brasil e EUA- a Cia. Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, e a laminadora Mobile, no Alabama.
 
 
No início do ano, a OSF Merchant Banking, uma boutique de negócios de Hans J. Apostel, foi contratada para avaliar opções estratégicas, ou seja, o destino dos dois ativos, que se tornaram um problema para o grupo. Após a decisão de venda, em maio, a OSF foi mantida como assessora para todos os passos seguintes.
 
 
Vários bancos com atuação global foram convidados, há duas semanas, a apresentar propostas. Segundo a OSF, são "todos nomes bem conhecidos". Destacam-se nesse tipo de operação J.P. Morgan, Goldman Sachs, Deutsche Bank, Lazard e Morgan Stanley. Definidos os bancos, uma sala de informações ("data room") digital estará disponível aos interessados. Os investidores qualificados terão acesso aos livros com dados financeiros de CSA e Mobile, além de visitas às instalações e reuniões com coordenadores da venda.
 
 
Do lado do grupo, o diretor financeiro Guido Kerkhoff está empenhado na operação, com constantes viagens ao Brasil, informado de que há grande interesse de possíveis compradores. Ele prevê uma "agenda acelerada neste processo".

 
A brasileira Cia. Siderúrgica Nacional informou que analisará os ativos. No mercado há expectativa de que Gerdau, Nippon Steel, JFE, Hyundai Steel e grupos chineses, como Baosteel, façam o mesmo.

 
Kerkhoff e o presidente da ThyssenKrupp, Heinrich Hiesinger, foram contratados há um ano para reestruturar o grupo, ajustando seu portfólio de ativos - vai de aço a autopeças e elevadores. Por se tratar de dois ativos integrados, a Thyssen deseja fazer a venda concomitantemente, mesmo que para compradores diferentes. Na siderurgia, já saiu de aço inox, antiga TKN, vendida à finlandesa Outokumpu.
 
 
A CSA, que tem a Vale como sócia, com 27% do capital, e a Mobile compõem a divisão ThyssenKrupp Steel Americas, criada em 2005, e que enfrenta uma fase de resultados negativos desde o início das operações, em 2010. Uma série de problemas - de atrasos nas obras a aumento do custo de investimento - marcou os dois projetos. Apenas a CSA, com capacidade de 5 milhões de toneladas de aço semi-acabado (placas) ao ano, custou mais de US$ 7 bilhões.
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