Em busca de saídas para solucionar a crise energética na Venezuela, técnicos enviados pelo presidente Hugo Chávez passaram os últimos dias reunidos em Brasília, de acordo com informações de especialistas. O objetivo é resolver as dificuldades de geração de energia na Barragem de Guri, a m
Agência BrasilOs brasileiros vão repassar os conhecimentos obtidos por meio da experiência ocorrida no Pará, na Usina de Tucuruí. No passado, a usina foi alvo de dificuldades semelhantes às que ocorrem na Venezuela, por isso os técnicos da Eletrobrás têm experiência para lidar com a falha.
A participação dos especialistas brasileiros tem a coordenação dos ministérios de Minas e Energia e das Relações Exteriores. O chefe do Departamento da América do Sul 2 do Itamaraty, ministro Clemente de Lima Baena Soares, cuida das questões políticas, administrativas e legais para a parceria entre o Brasil e a Venezuela.
No final do mês passado, os presidentes Chávez e Luiz Inácio Lula da Silva definiram a parceria. Inicialmente, foram enviados para analisar a situação o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, e o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.
Na reunião, Zimmermann e Garcia trataram também da questão do risco de prejuízos para parte do estado de Roraima em decorrência do racionamento de energia na Venezuela, uma vez que a região é abastecida pelo país vizinho.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a promessa da Venezuela é de que o corte para Roraima será de no máximo 20 megawatts por mês até março. De acordo com autoridades, o problema no lado brasileiro está sendo solucionado a partir da contratação de energia de produtores independentes.
As dificuldades em relação ao abastecimento de energia na Venezuela foram agravadas no final do ano passado com a redução dos níveis da água na Barragem Guri, onde fica o complexo hidrelétrico que produz 70% da eletricidade do país. A preocupação maior é que os níveis de água da barragem têm diminuído, em média, 11 centímetros por dia.
No fim do ano passado, Chávez chegou a ir à televisão e pediu que os venezuelanos evitassem longos banhos, assim como não utilizassem banheiras. Bem-humorado, ele afirmou ainda que o ideal era não cantar durante o banho, porque isso prolongaria o tempo de uso de água.
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