A Syngenta anunciou ontem que vai acelerar a implantação de uma nova tecnologia em variedades brasileiras de cana-de-açúcar para elevar a quantidade de açúcares do produto. Segundo Marcos Bochi, diretor de Novas Tecnologias em Cana da Syngenta para a América Latina, para atingir o objetivo a Syngenta fez uma parceria com a empresa australiana CSR Sugar, empresa australiana produtora de açúcar e de energia renovável.
Bochi disse que a Syngenta pretende adaptar um gene desenvolvido pela empresa australiana para a cana brasileira. "Em experiências em laboratório com variedades australianas, a quantidade de açúcar da cana dobrou", explica ele. O executivo ressalta que a Syngenta pretende aumentar a produtividade da cana através da biotecnologia.
"Nos últimos 20 anos, todos os avanços de produtividade nesta área se deu na área industrial e não no crescimento do teor de açúcar da cana", disse.
A expectativa da Syngenta é ter esse produto desenvolvido em cerca de cinco anos. A previsão é de que a nova tecnologia seja comercializada em cerca de nove anos. Em 2009, a Syngenta investiu US$ 100 milhões no desenvolvimento de novas tecnologias para a cana-de-açúcar, incluindo o projeto com a CSR Sugar.
A Syngenta é uma empresa de origem suíça, criada pela fusão entre as áreas de agribusiness da Novartis e da AstraZeneca, em 2000 e tem atuação global exclusivamente dedicada á pesquisa de biotecnologia aplicada ao agribusiness. Presente em 90 países, emprega cerca de 21 mil funcionários.
A empresa nasceu com uma sólida base em capacidade de pesquisa e uma linha de produtos abrangente. Em 2008, as vendas globais da companhia atingiram a marca de US$ 11,6 bilhões.