A Ecosorb, empresa de serviços ambientais para o setor petrolífero entre outros, vai receber cerca R$ 20 milhões em investimentos no banco Stratus nos próximos três anos. "Meio ambiente é um bom negócio", dizem investidores.
O meio ambiente passou a ser considerado um bom negócio, segundo afirma o sócio fundador do banco de investimentos Stratus, Álvaro Gonçalves, que anunciou nesta quarta-feira (16/05) o plano de investimentos de R$ 20 milhões na empresa Ecosorb - Tecnologia de Proteção Ambiental, nos próximos três anos. Parte do investimento já foi disponibilizado, mas os investidores não divulgam os percentuais.
Segundo o executivo, este plano de investimento pode, aumentar dependendo dos cenários de negócios ambientais no Brasil. A Ecosorb presta serviços para empresas do setor petrólífero, químico, siderúrgico e tem perspectivas de ampliar seu negócio a partir da injeção de capital feita pelo fundo de investimentos gerido pela Stratus.
O fundo reúne capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobras), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento por meio do Fundo Multilateral de Investimentos (BID/Fumin).
Segundo o presidente da Ecosorb, Eugênio Singer, com os novos investimentos a empresa espera um faturamento de R$ R$ 15 milhões em 2007, o que significa um crescimento de cerca da 50% em relação ao faturamento médio dos anos anteriores.
Dados divulgados pela Ecosorb demonstram que o negócio do meio ambiente no Brasil movimentou US$ 6,9 bilhões em 2005, divididos por cerca de 200 empresas.
As perspectivas da Ecosorb para os próximos anos é de criação de mais oito bases de serviços. Atualmente a empresa possui uma fábrica de produtos e equipamentos em Itatiba (SP) e unidades emergenciais em Santos (SP), Paranaguá (PR) e Itajaí (SC), além de uma base contratada no Rio de Janeiro.
Os investidores e executivos da Ecosorb baseiam a vertente de crescimento da empresa em função da evolução de uma consciência ambiental empresarial no Brasil e no desenvolvimento decorrente do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê uma série de investimentos em infra-estrutura, conseqüentemente uma série de demandas de gestão ambiental.
No que se refere à consciência ambiental, Singer destaca: "Antigamente só havia EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental) para a fase de construção, atualmente a renovação do EIA-Rima depende de comprovação do respeito às regras estabelecidas". Com isso as estratégias de prevenção e prontidão da Ecosorb tendem a ser mais demandadas. "Nosso crescimento está baseado nestas atividades e não na ocorrência de sinistros", ressalta o diretor e um dos fundadores da empresa, Pedro Maziero.
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