O grupo angolano Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) está cancelando um projeto de gás natural calculado em US$ 7,5 bilhões no Irã, afirmou Mateus de Brito, executivo da gigante estatal africana, hoje (24). Trata-se do mais dramático exemplo até o momento do impacto das sanções iranianas na África.
Falando em entrevista coletiva em Luanda, o executivo da Sonangol afirmou: "a Sonangol está fora do Irã". Segundo Brito, esse recuo ocorreu por causa das sanções internacionais. "Nossas operações no Irã estão insustentáveis, especialmente por causa das sanções, e a Sonangol decidiu sair e informou ao governo iraniano sobre sua decisão", afirmou ele. O executivo acrescentou que "há apenas alguns procedimentos faltando" antes da conclusão dessa saída.
Em 2009, a Sonangol havia obtido uma fatia de 20% em um projeto que era parte do gigante campo de gás de South Pars, após companhias europeias deixarem o Irã por causa de sanções anteriores. No mês passado, o Departamento de Estado dos EUA informou que havia contatado Angola sobre as sanções no Irã, sem dar detalhes.