Agência EFE
A forte alta do preço do petróleo no ano passado levou a companhia petrolífera Royal Dutch Shell a registrar um lucro líquido de US$ 25,365 bilhões, 12% a mais que os US$ 22,73 bilhões de 2005.
Segundo o comunicado de resultados da companhia, este número exclui o lucro de US$ 1,7 bilhão obtido pela venda de gasodutos na Holanda.
No último trimestre de 2006, a companhia obteve um lucro líquido de US$ 6,015 bilhões, contra US$ 5,44 bilhões do mesmo período do ano anterior.
Segundo a companhia, os resultados refletem o "encarecimento dos preços do petróleo", maiores custos de exploração e o barateamento dos preços do gás nos Estados Unidos.
No entanto, o lucro por venda de petróleo caiu 7,2%, a US$ 7,027 bilhões, contra US$ 7,532 bilhões de 2005.
O conselheiro delegado da companhia, Jeroen van der Veer, assegurou que este ano a empresa aumentou suas reservas e aceitou trabalhar com a russa Gazprom, que comprará 50% da Sakhalin Energy Investment Company (Seic) por US$ 7,45 bilhões.
Além disso, Van der Veer ressaltou que a companhia está melhorando a segurança de sua bases na Nigéria, após os dois seqüestros de alguns de seus operários em fevereiro e em outubro por grupos armados.
Van der Veer disse que a situação na Nigéria e a venda de parte da Seic levarão a um "modesto crescimento na produção" nos próximos anos.
Em 2006, a Royal Dutch Shell investiu US$ 23,1 bilhões. Entre os investimentos feitos no ano passado estão as compras da Shell Canada, por US$ 3 bilhões, e da BlackRock Ventures.
Os acionistas receberam em 2006 uma quantia de US$ 16,3 bilhões em dividendos e recompra de ações, enquanto para o quarto trimestre de 2006 se anunciou um dividendo de 0,25 por ação, 9% a mais que no ano anterior.
A recente queda nos preços do petróleo leva os analistas a pensarem que este ano será "muito mais duro" para a Shell, especialmente pela pressão de encontrar novas jazidas.
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